Férias escolares: cuidados com a saúde antes e durante a viagem
As férias escolares estão chegando, período em que há um aumento considerável no número de viagens para dentro e fora do país. Tudo é organizando com antecedência: o pacote de turismo, o roteiro, seguro de vida, mas a maioria das pessoas se esquece de um item primordial para que as férias sejam tranquilas: a saúde em dia.
Especialistas alertam para que antes de colocar o pé na estrada é fundamental que o viajante e sua família procurem o médico para avaliar as suas condições de saúde. Medidas como realizar exames de rotina (check-up), orientação nutricional e atualização do cartão de vacinas são importantes para evitar situações desagradáveis durante a viagem. “É importante lembrar que quando viajamos estamos, em grande maioria, indo para destinos que fogem da nossa rotina, com cultura, alimentação e clima diferentes. E isso pode influenciar na saúde. Por isso é recomendado que a pessoa procure o seu médico e realize um check-up antes de viajar”, ressalta do Dr. Ariovaldo Mendonça, médico do Check-up do Grupo Hermes Pardini.
Os exames recomendados antes de viajar são procedimentos simples, de rotina, mas que podem prevenir a ocorrência de situações desagradáveis. O Dr. Ariovaldo explica que esses exames são realizados num período de seis horas e que levam cerca de seis dias para ficarem prontos. “O check-up é a garantia de que a pessoa está viajando em boas condições de saúde e com as recomendações médicas adequadas no caso da identificação de algum risco”, diz o médico que alerta para a importância da avaliação dos pacientes crônicos. “Os pacientes crônicos como, por exemplo, diabéticos, obesos, hipertensos, cardíacos, exigem cuidados e orientações específicas antes da viagem. As medicações já utilizadas devem ser mantidas, por isso é importantíssimo que a pessoa deve a prescrição médica. Em alguns casos (mais específicos) o médico pode até não recomendar a viagem”, alerta.
Vacinas em dia
Outro cuidado que exige atenção durante as viagens é a vacinação. O cartão de vacinação é um documento tão importante quanto o passaporte e deve ser mantido atualizado. Ao programar uma viagem, é preciso verificar as vacinas que são obrigatórias, de acordo com os locais serem visitados. “Atualmente as pessoas circulam entre regiões, países e continentes com muita facilidade. Com isso, temos visto a entrada de doenças infecciosas em países que já tinham estas doenças erradicam ou controladas. As vacinas de rotina, segundo cada grupo etário, devem estar atualizadas. Como exemplos estão o sarampo e poliomielite. Além de estar com o cartão de vacinas em dia, é importante que a pessoa se informe também sobre alerta sanitários nas regiões a serem visitadas”, explica a Dra. Marilene Lucinda, responsável técnica pelo serviço de Medicina do Viajante do Hermes Pardini.
Marilene Lucinda alerta que para alguns destinos internacionais é necessário que o turista apresente o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia, documento que comprova a vacinação de acordo com as exigências de cada país. Vacinas básicas como Sarampo, Caxumba e Rubéola (Tríplice viral), Difteria, Tétano e Coqueluche (DTP), Poliomielite, Hepatite A, Hepatite B e Meningite C estão recomendadas para adultos e crianças. Algumas vacinas são exigidas ou recomendadas para regiões específicas, devido ao risco de contaminação para o viajante ou risco de o mesmo levar a doença para o destino, como as vacinas Febre Amarela, Febre Tifóide, Cólera, Encefalite Japonesa, Meningite ACWY.
A forma de se informar sobre a exigência das vacinas é diretamente nas embaixadas ou no site da Organização Mundial de Saúde. A vacinação para Febre Amarela pode ser feita nos postos de saúde ou em clínicas de vacinação autorizadas pela ANVISA para emitir o certificado. Em Belo Horizonte, somente o Hermes Pardini possui este registro.
Cuidado com a alimentação
A alimentação também é outro ponto que merece atenção do viajante. É sempre importante que a pessoa pesquise os hábitos alimentares dos destinos para que possa antecipar-se sobre a cultura local e se programar. “É fundamental evitar, principalmente, alimentos que apresentam risco maior de contaminação/intoxicação, para não estragar o passeio. Lembre-se que a toxiinfecção se manifesta, geralmente, entre o período de 1h e 36hs após a ingestão de alimentos contaminados por bactérias, fungos, vírus e toxinas. Já os sintomas podem durar até sete dias”, alerta da nutricionista do Grupo Hermes Pardini, Dra. Clarissa Pedrosa.
A nutricionista esclarece que não significa que o turista deve deixar de experimentar a gastronomia local. “O importante é que os alimentos ingeridos sejam avaliados, no que diz respeito ao local onde é comprado, aparência, cheiro e composição. Evitem comprar alimentos fora das embalagens originais, em estradas, barracas e outros locais que apresentem desconfiança. Cuidado com os alimentos que exigem refrigeração. Procure sempre os locais apropriados. E sem grandes excessos”.
Já os doentes crônicos precisam de controle maior com a alimentação durante as viagens. “Esses pacientes precisam controlar alimentação como se estivessem em casa. O ideal é que consultem o médico antes de viajar para orientações. E muita atenção com relação à alimentação prescrita pelo médico, pois essa é direcionada para cada situação”, explica a Dra. Clarissa.