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Os testes sorológicos são utilizados como um dos critérios para confirmação da suspeita clínica de doença de Chagas e triagem em bancos de sangue. Entretanto, alguns cuidados são necessários na escolha do método e sua interpretação. O Machado Guerreiro (fixação de complemento) era o exame de escolha no passado, mas por apresentar baixa sensibilidade (69%), baixa especificidade e complexidade na sua execução, não deve ser utilizado mais. Os métodos hemaglutinação, imunofluorescência e imunoensaio apresentam sensibilidade próximo a 100%.
Tendo em vista a possibilidade de falso-positivos (leishmaniose, malária, sífilis, toxoplasmose, hanseníase, doenças do colágeno, hepatites) é recomendado que o soro seja testado em pelo menos dois métodos diferentes para confirmação da positividade da sorologia. A hemoaglutinação é utilizada para triagem devido sua praticidade e boa sensibilidade, entretanto, tem especificidade inferior à imunofluorescência e ao imunoensaio enzimático. A imunofluorescência indireta IgG é um exame sensível no diagnóstico da doença de Chagas. A imunofluorescência indireta IgM é útil para caracterizar fase aguda. Ambos apresentam menor reprodutibilidade que o imunoensaio enzimático (ELISA). O imunoensaio enzimático utiliza antígenos altamente purificados com maior sensibilidade (98% a 100%), maior especificidade (93% a 100%) e leitura mais objetiva. O imunoensaio de partículas em gel apresenta sensibilidade de 96,8% e especificidade de 94,6%.
IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgG
Condição
0,5mL de soro.
Jejum obrigatório de 8h.
IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgM
Condição
0,5mL de soro.
Jejum obrigatório de 8h.
IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO
Condição
0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/heparina).
Jejum obrigatório de 8h.
HEMOAGLUTINAÇÃO
Condição
0,3mL de soro.
Jejum obrigatório de 8h.
PESQUISA DE ANTICORPOS
Método
Imunoensaio de partículas em gel
Condição
0,5mL de soro ou plasma (EDTA/Citrato/Heparina).