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A alfa-fetoproteína (AFP) é uma glicoproteína fetal. Níveis baixos são esperados em adultos (não grávidas). Está aumentada no carcinoma hepatocelular, carcinoma de células germinativas de ovário e testículo, teratocarcinoma testicular, cânceres de pâncreas, gástrico, broncogênico e de cólon. Seus níveis monitoram a terapia antineoplásica.
Também está aumentada em doenças hepáticas benignas (hepatite viral, cirrose pós- ecrótica, cirrose de Laënnec, cirrose biliar primária), na tirosinemia hereditária e na persistência hereditária de AFP.
A AFP encontra-se elevada no soro materno e no líquido amniótico em casos de defeitos do tubo neural. Outras entidades que podem apresentar AFP elevada na gestação são: defeitos abertos da parede abdominal (gastrosquise e onfalocele), gemelaridade, nefrose fetal. Concentrações baixas estão associadas a anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down. Um dos princípios que norteiam o rastreamento de anomalias fetais no período pré-natal é a utilização de uma curva de distibuição normal da população alvo, com cálculo da mediana para cada idade gestacional. Vários fatores influenciam a interpretação clínica das dosagens de AFP como a idade gestacional, o peso materno, raça e presença ou não de diabetes melito. A associação da AFP a outros parâmetros bioquímicos (Beta HCG e estriol livre) e a dados clínicos e ultra-sonográficos aumenta sua sensibilidade na triagem de anomalias fetais.
Veja também Risco fetal.
Método
Imunofluorimetria
Informações necessárias
Se grávida, informar tempo de gestação.
SANGUE
Condição
– 0,5mL de soro.
– Jejum Desejável 4h.
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2o e 8oC.
LÍQUIDOS
líquido amniótico
líquido pleural
líquido ascítico
líquor
Condição
0,5mL