Como proteger bebês e crianças da coqueluche
Recentemente foi publicado um estudo realizado na Holanda que pesquisou quem seria a fonte de contágio de coqueluche para bebês e crianças.
Descobriu-se que os familiares são a principal fonte de transmissão. Em 53% dos casos, os contatos domiciliares eram os responsáveis pela transmissão da doença: irmão (41%), mãe (38%) e pai (17%).
Observou-se também que a vacina acelular (DTPa – oferecida clínicas privadas) oferece proteção mais duradoura que a vacina de células inteiras (DTP – oferecida pelo SUS). Entre as crianças vacinadas que tiveram o diagnóstico de coqueluche, 1-3 anos após esquema vacinal primário, 46% haviam sido vacinadas com DTP em comparação com 29% de crianças que haviam sido vacinadas com vacina acelular (DTPa).
Conclusões
Se a imunidade à coqueluche via vacinação for realizada nos familiares, a coqueluche nos bebês poderia ser evitada em 35% a 55% dos casos. O reforço da vacinação nos adultos deve ser realizado de 10 em 10 anos. Uma porcentagem significativa de crianças são novamente suscetíveis à doença 1-3 anos após a vacinação inicial, necessitando de reforço entre 4-6 anos de idade e outro reforço na adolescência aos 11 anos. As crianças vacinadas com a vacina de células inteiras perdem mais rapidamente a proteção que as vacinadas com as vacinas acelulares.