Trichomonas

PESQUISA

Comentário

O Trichomonas vaginalis é um flagelado patogênico, de transmissão sexual, que acomete homens e mulheres. Os homens são em sua maioria assintomáticos, mas nas mulheres o parasita leva a vaginite persistente com secreção purulenta. A sensibilidade da pesquisa varia entre 40% e 80%, sendo menor quando o intervalo entre a coleta e a pesquisa é prolongado. A coleta deve, preferencialmente, ser realizada antes do toque vaginal.

Método

Microscopia.

Condição

Secreção uretral, vaginal, endocervical, esperma ou 1º jato urinário.

 

CULTURA

Comentário

A cultura é utilizada para confirmação de infecção em pacientes com quadro clínico sugestivo e pesquisa negativa.

É também indicada na propedêutica de uretrite não gonocócica e prostatite.

Método

Cultura em meio específico.

Condição

Secreção uretral, vaginal, endocervical, esperma ou 1º jato urinário.

O cliente deve vir pela manhã antes de urinar ou permanecer no mínimo 4h sem urinar.

Não pode estar menstruada, nem fazendo uso de medicação tópica.

Triglicérides

Comentários

Soro: os triglicérides são produzidos no fígado utilizando glicerol e outros ácidos graxos. Os triglicérides em conjunto com o colesterol são úteis na avaliação do risco cardíaco. Níveis elevados são encontrados na Síndrome nefrótica, na ingestão elevada de álcool, induzido por drogas (estrogênios, contraceptivos orais, prednisona, etc) no hipotireoidismo, diabetes e gravidez. Os níveis baixos estão relacionados a mal absorção, mal nutrição e hipertireoidismo.

Líquido ascítico: ascite quilosa é definida como aquela que apresenta concentração de triglicérides maior que 200 mg/dl e com níveis maiores que o sérico, tornando seu aspecto opalescente. Em adultos a principal causa é a obstrução linfática que é secundária ao linfoma ou ao carcinoma em 2/3 dos casos. Outras causas de ascite quilosa: inflamação do delgado, cirrose, tuberculose, pancreatite, pós-operatório.

Líquido pleural: valores maiores que 110mg/dl são indicativos de derrames quilosos (ex.: linfomas, pós-operatório, carcinoma, traumáticos). Menos de 1% dos derrames não quilosos têm triglicérides maior que 110 mg/dl.

Valores menores que 50mg/dl são indicativos de derrame não-quiloso (ex.: insuficiência cardíaca, cirrose, pancreatite, carcinomas, tromboembolismo). Menos de 5% dos derrames quilosos têm triglicérides menores que 50 mg/dl. Valores entre 50 e 110mg/dl podem ser encontrados em ambos os tipos, sendo, entretanto, mais frequentes nos derrames quilosos.

Método

Colorimétrico enzimático

Condição

0,8mL de soro – líquido ascítico – líquido pleural.

Soro: J.O. igual ou superior a 9h ou C.O.M.

Interferente

Soro: Não fazer uso de bebidas alcoólicas 24 horas antes do exame.

Tripsina fecal, atividade

Comentários

Redução da atividade da tripsina fecal pode ser encontrada em pacientes com fibrose cística, devido à insuficiência pancreática exógena. Embora a tripsina tenha uma importante ação na digestão de proteínas, seu valor clínico é limitado, não sendo um critério diagnóstico desta condição. A maioria dos clínicos aceita que sinais e sintomas de má absorção, acrescidos de resposta ao tratamento com enzimas pancreáticas, são evidências suficientes de insuficiência pancreática exócrina.

Método

Prova de Schwachman – Revelação da película fotográfica

Condição

Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

Não usar laxantes ou supositórios, não estar em uso de enzimas digestivas 24 horas antes da coleta.

Enviar rapidamente ao laboratório.

Troponina I

Comentários

A troponina I (cTnI) é um marcador de lesão da musculatura cardíaca, sendo útil no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. Sua presença denota necrose do tecido miocárdico. É detectável em 4h a 6h após a lesão miocárdica, com pico em 12h a 18h, permanecendo elevada por 6 a 10 dias. Após 7h, a sensibilidade é de 100%. Outras causas de necrose miocárdica também elevarão a troponina I. Pacientes com angina que apresentam níveis elevados (lesão miocárdica mínima) de cTnI têm prognóstico pior. Na insuficiência renal a especificidade do ensaio pode ser menor. Não deve ser utilizada como marcador absoluto do infarto agudo do miocárdio.

Método

Imunoensaio enzimático

Condição

0,5mL de soro ou plasma (Heparina).

Trypanosoma cruzi, sorologia – Doença de Chagas

Comentários

Os testes sorológicos são utilizados como um dos critérios para confirmação da suspeita clínica de doença de Chagas e triagem em bancos de sangue. Entretanto, alguns cuidados são necessários na escolha do método e sua interpretação. O Machado Guerreiro (fixação de complemento) era o exame de escolha no passado, mas por apresentar baixa sensibilidade (69%), baixa especificidade e complexidade na sua execução, não deve ser utilizado mais. Os métodos hemaglutinação, imunofluorescência e imunoensaio apresentam sensibilidade próximo a 100%.

Tendo em vista a possibilidade de falso-positivos (leishmaniose, malária, sífilis, toxoplasmose, hanseníase, doenças do colágeno, hepatites) é recomendado que o soro seja testado em pelo menos dois métodos diferentes para confirmação da positividade da sorologia. A hemoaglutinação é utilizada para triagem devido sua praticidade e boa sensibilidade, entretanto, tem especificidade inferior à imunofluorescência e ao imunoensaio enzimático. A imunofluorescência indireta IgG é um exame sensível no diagnóstico da doença de Chagas. A imunofluorescência indireta IgM é útil para caracterizar fase aguda. Ambos apresentam menor reprodutibilidade que o imunoensaio enzimático (ELISA). O imunoensaio enzimático utiliza antígenos altamente purificados com maior sensibilidade (98% a 100%), maior especificidade (93% a 100%) e leitura mais objetiva. O imunoensaio de partículas em gel apresenta sensibilidade de 96,8% e especificidade de 94,6%.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgG

Condição

0,5mL de soro.

Jejum obrigatório de 8h.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgM

Condição

0,5mL de soro.

Jejum obrigatório de 8h.

IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO

Condição

0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/heparina).

Jejum obrigatório de 8h.

HEMOAGLUTINAÇÃO

Condição

0,3mL de soro.

Jejum obrigatório de 8h.

PESQUISA DE ANTICORPOS

Método

Imunoensaio de partículas em gel

Condição

0,5mL de soro ou plasma (EDTA/Citrato/Heparina).

TSH ultrassensível

Comentários

O hormônio tireoestimulante (TSH) é uma glicoproteina secretada pela adenohipófise, tendo como principal efeito o de estimular a tireoide a liberar T3 e T4. A secreção e os níveis séricos de TSH são controlados pelos níveis de T3 e T4 e pelo TRH hipotalâmico. A dosagem do TSH é importante no diagnóstico de hipotireoidismo primário, sendo o primeiro hormônio a se alterar nessa condição. Está aumentado principalmente do hipotireoidismo primário, tireoidite de Hashimoto, tireoidite sub-aguda e na secreção inapropriada de TSH (tumores hipofisários produtores de TSH).

Está diminuído principalmente no hipotireoidismo primário, Hipotireoidismo secundário ou terciário e nas síndromes de hipertiroidismo subclínico.

Método

Quimioluminescência

Condição

0,9mL de soro.

Jejum desejável 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional

Paratormônio intacto (molécula inteira) – PTH

Comentários

O PTH responde prontamente às variações do cálcio plasmático. A avaliação do PTH deve ser feita em conjunto com a dosagem do cálcio, pois podemos diagnosticar o hiperparatireoidismo primário pelo encontro de PTH levado com cálcio discretamente elevado ou mesmo nos limites superiores da normalidade. Outras causas de hipercalcemia exibem o PTH em níveis baixos. A hipocalcemia associada a PTH em concentrações elevadas; ocorre na deficiência da vitamina D e também na insuficiência renal crônica. No hipoparatireoidismo encontramos níveis baixos do cálcio com PTH indetectável ou em concentrações baixas. Na presença de hipocalcemia, se o PTH estiver aumentado, o diagnóstico provável é de pseudohipoparatireoidismo. Na avaliação de litíase renal, a dosagem do PTH pode diagnosticar o hiperparatireoidismo.

Método

Quimioluminescência

Condição

0,6mL de soro.

Jejum Desejável 4h.

Parasitológico de fezes

MÉTODO H.P.J. – HOFFMAN, PONS E JANER (MOD.)

Comentários

Utilizado para identificação das diversas infestações parasitárias (ovos e larvas de helmintos e cistos de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do parasitismo influi no número de formas parasitárias eliminadas. É recomendável o exame de fezes em três amostras colhidas em dias diferentes, pois a ausência de parasitas em uma amostra de fezes não elimina a possibilidade da presença do mesmo no organismo.

Método

H.P.J. (Hoffman – Pons e Janer) – Método de Lutz, com centrifugação e sedimentação espontânea

Condição

Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

Não colher as fezes após ingerir contraste radiológico.

Evitar a contaminação das fezes com a urina.

Enviar rapidamente ao laboratório.

MÉTODO BAERMANN E MORAES (MOD.)

Comentários

É específico para o isolamento de larvas de estrongilóides e acompanhamento do tratamento.

Método

Baermann e Moraes

Condição

Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

Não deve-se colher material muito liqüefeito.

Enviar rapidamente ao laboratório.

MÉTODO M.I.F.

Comentários

Usado para isolamento de ovos, cistos e trofozoítos. As amostras são colhidas e acondicionadas com M.I.F. (mercúrio, iodo e formol) em 3 a 5 dias, consecutivos ou alternados, ou conforme orientação médica.

Método

Concentrado – H.P.J. (Hoffman – Pons e Janer) – Método de Lutz

Condição

Amostras colhidas no M.I.F. de 3 a 5 dias – Conforme Orientação Médica

Retirar uma pequena quantidade de fezes (em torno de 5 gramas) do bolo fecal e colocar no frasco contendo M.I.F.

Evitar contaminação das fezes com urina.

Não é necessário refrigerar a amostra.

Fornecemos frascos, soluções conservantes e fixadoras, sem qualquer ônus.

MÉTODO KATO KATZ

Comentários

Permite identificação e a quantificação por grama de fezes das infestações por alguns helmintos (Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Schistosoma mansoni, Trichuris trichura, Taenia sp, Enterobios vermiculares e Strongyloides stercoralis). Cistos de protozoários podem não ser identificados por este método. A sua execução pode ser inviável em fezes diarréicas.

Método

Kato Katz (qualitativo e quantitativo)

Condição

Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

Não colher amostras liquefeita (diarréica).

Enviar rapidamente ao laboratório.

MÉTODO DIRETO A FRESCO

Comentários

O exame direto a fresco é um método indicado principalmente para a pesquisa de trofozoítos de protozoários em fezes diarréicas recém emitidas (no máximo 30 minutos após coleta). Outras formas de parasitas podem ser encontrados.

Método

Direto a fresco

Condição

Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

Colher de preferência as fezes liqüefeitas (diarréicas) e porções contendo muco e sangue.

Enviar no máximo até 30 minutos após a coleta.

Não refrigerar.

IDENTIFICAÇÃO DE HELMINTOS E FRAGMENTOS

Comentários

A identificação macroscópica é útil no diagnóstico das diversas infestações parasitárias. Permite a verificação de proglotes de tênias, oxiúros, áscaris e necátor.

Método

Macroscopia – Microscopia ótica direta e H.P.J.

Condição

Vermes adultos, larvas ou fragmentos de vermes isolados ou junto com as fezes.

MÉTODO SWAB ANAL – OXIÚROS

Comentários

É a metodologia de escolha para o diagnóstico da enterobiose, pois o Enterobius vermiculares (oxiúros) não faz postura dos ovos na luz intestinal, mas sim na região perianal no período da noite.

Método

Pesquisa direta por microscopia ótica

Condição

1 swab retal + 1 lâmina com fita gomada (fixar fita durex sobre lâmina limpa e desengordurada, evitando dobras e bolhas de ar).

Fazer coleta pela manhã antes do cliente defecar ou tomar banho (não fazer assepsia). Não usar nenhum medicamento no local.

Enviar rapidamente ao laboratório.

Paracoccidioidomicose

Comentários

A paracoccidioidomicose ou blastomicose sul-americana é uma doença granulomatosa que acomete pulmões, mucosas, pele e linfonodos. A sorologia pode ajudar no diagnóstico dos casos onde não se visualizou ou isolou o fungo. A sensibilidade da imunodifusão radial é de 80%. A melhora clínica após o tratamento é acompanhada da queda dos títulos. Entretanto, 70% dos pacientes tratados permanecem com sorologia positiva até um ano após o tratamento. Títulos de 1:4 mantidos, por mais de 6 meses, devem ser considerados como indicativos de -cicatriz sorológica-. O diagnóstico de certeza da paracoccidioidomicose requer visualização do P. brasiliensis ao exame microscópico, complementado pela cultura.

Método

Imunodifusão radial dupla

Condição

0,3mL de soro.

Pandy, teste

Comentários

O teste de Pandy é um teste semiquantitativo onde o fenol reage principalmente com globulinas. Em infecções crônicas como neurossífilis e na esclerose múltipla a elevação de globulinas torna o teste de Pandy positivo. Contaminação do líquor com sangue pode acarretar falso-positivo. Este teste foi substituído pela realização de sorologia para sífilis e dosagem de imunoglobulinas no líquor.

Veja também Líquor, rotina.

Método

Pandy

Condição

0,5mL líquor.

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