HIV, sorologia
Comentários
A infecção pelos vírus HIV 1 e 2 leva à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – SIDA. Testes de triagem como ELISA, ELFA e MEIA devem ser confirmados por ensaios mais específicos (Western Blot ou imunofluorescência). Falso-positivos podem ocorrer em testes imunoenzimáticos nos pacientes com anticorpos anti-HLA DR4, outras viroses, vacinados para influenza, hepatites alcoólicas, portadores de distúrbios imunológicos, neoplasias, multíparas e politransfundios. Filhos de mãe HIV positivo têm anticorpos maternos, não sendo pois a sorologia definitiva no diagnóstico. Os testes imunoenzimáticos têm sensibilidade e especificidade em torno de 98%. Indivíduos de alto risco, com um teste enzimático positivo, têm valor preditivo positivo de 99%. Assim, testes imunoenzimáticos positivos de forma isolada, não podem ser considerados como diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo necessário a realização do Western Blot como teste confirmatório. Pacientes com fase avançada da doença podem não apresentar reatividade ao Western Blot. Cerca de 20% da população normal não infectada apresentam resultados indeterminados no Western Blot. Portaria nº 59 publicada em 28 de janeiro de 2003 (Ministério da Saúde) normatiza o diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV em maiores de 2 anos de idade no Brasil.
HIV 1 e 2, PESQUISA
ELISA – ENZIMA IMUNOENSAIO
Pesquisa de anticorpos para os antígenos virais
HIV 1 ENV GP160, GAG P24 e PEPTIDEO ANT70 (SUBTIPO -O-)
HIV 2 ENV GP36
Condição
0,2mL de soro ou plasma (citrato/heparina/EDTA).
Jejum Obrigatório 8h.
MEIA – IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO DE MICROPARTÍCULAS
Pesquisa de anticorpos para os antígenos virais
HIV 1 ENV GP41 e GAG P24
HIV 2 ENV GP36
Condição
0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/oxalato de potássio).
Jejum Obrigatório 8h.
Interferentes
As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e podem produzir resultados errôneos devido a presença de fibrina. Para prevenir este fenômeno, deve-se colher a amostra antes da terapia com heparina.
ELFA DUO – ENZYME LINKED FLUORESCENT ASSAY
Método
ELFA – VIDAS DUO (Biomerrieux)
Pesquisa de anticorpos para os antígenos virais
HIV 1 ENV GP41 e GAG P24
HIV 2 ENV GP36
Antígeno viral pesquisa
HIV 1 GAG P24 (antígeno P24)
Condição
0,5mL de soro (pode ser inativado – 56oC com 30 min) ou plasma (EDTA/oxalato/heparina/citrato).
Jejum Obrigatório 8h.
HIV-1 WESTERN BLOT – CONFIRMATÓRIO
Método
Western Blot
Condição
0,6mL de soro.
Jejum Obrigatório 8h.
Histoplasma capsulatum, sorologia
Comentários
É útil para o diagnóstico indireto de histoplasmose pulmonar crônica e disseminada. É realizada a detecção de precipitinas contra os antígenos glicoprotéicos H e M. A banda H é encontrada em pacientes com histoplasmose ativa. A banda M, que surge mais precocemente e desaparece mais lentamente que a banda H, é encontrada em pacientes com histoplasmose aguda e crônica. Cerca de 70% dos pacientes com histoplasmose comprovada apresentam precipitina M, enquanto apenas 10% apresentam precipitinas H e M simultaneamente. A sorologia positiva deve ser confirmada com o isolamento do H. capsulatum.
Método
Imunodifusão radial dupla
Condição
0,3mL de soro.
Histona, auto-anticorpos anti
Comentários
As histonas são proteínas catiônicas associadas ao DNA genômico no núcleo das células eucariotas, constituindo a cromatina. Anticorpos anti-histonas podem apresentar dois tipos distintos de reatividade: 1- Alguns reagem com epítopos de histonas presentes somente na cromatina nativa; 2- Outros reagem com epítopos de histonas expostos somente nas histonas desnaturadas. O primeiro grupo de anticorpos, melhor denominados anti-cromatina, reconhecem um epítopo contendo DNA e histonas, e geralmente estão associados com lupus eritematoso sistêmico ou lupus induzido por drogas. O segundo grupo de anticorpos, melhor denominados anti-histonas, tem utilidade diagnóstica limitada, sendo encontrados em 96% no lúpus induzido por drogas, em 50% a 70% dos pacientes com LES, na artrite reumatóide em 20% dos casos, em 5-45% na esclerodermia, em 60-89% na cirrose biliar primária e 35% na hepatite auto-imune. Anticorpos anti-histonas são encontrados em pacientes assintomáticos em uso de drogas, enquanto anticorpos anti-cromatina são encontrados principalmente nos pacientes sintomáticos.
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
0,2mL de soro.
Jejum Obrigatório 8h
Hidroxiprolina total
Comentários
A hidroxiprolina é um aminoácido presente no colágeno, sendo abundante na matriz óssea. A excreção urinária de hidroxiprolina reflete o metabolismo ósseo, estando elevado na ocorrência de reabsorção e destruição óssea. Níveis elevados são encontradas em crianças, na Doença de Paget, após fraturas e no hiperparatireoidismo. Por sofrer interferências do colágeno proveniente da dieta e dos demais tecidos, esse teste possui menor especificidade que as dosagens de piridinolinas e do C-Telopeptídeo.
Veja também Deoxipiridinolinas, Piridinolinas, C-telopeptídeo e Fosfatase alcalina específica óssea.
Método
Colorimétrico
Condição
Urina de 24h.
Usar HCl 50% 20mL/L de urina. Refrigerar (facultativo).
Herpesvírus simples 1 e 2, sorologia
Comentários
A sorologia para o herpesvírus simples (HSV) tipo 1 e tipo 2 pode ser realizada de forma separada ou conjunta e por meio da pesquisa de anticorpos IgM e IgG. Cerca de 90% da população apresenta anticorpos contra o HSV-1 aos 30 anos de idade. Cerca de 15% a 30% dos adultos com vida sexual ativa apresentam anticorpos contra o HSV-2. A infecção primária pelo HSV-1 é geralmente assintomática, mas pode determinar gengivoestomatite acompanhada de sintomas sistêmicos. Cerca de 70% das infecções genitais pelo herpesvírus são causadas pelo HSV-2. A presença de anticorpos IgM nas duas primeiras semanas de vida estabelece o diagnóstico de infecção congênita, pois na infecção neonatal os anticorpos são detectados de duas a quatro semanas após a infecção. Em outras fases da vida, a detecção de IgM pode estar presente ou não nas recorrências. Em caso de quadro clínico sugestivo, recomenda-se a colheita de duas amostras: uma na fase aguda e outra após 15 dias, onde a elevação do título de pelo menos duas vezes sugere o diagnóstico.
Veja também PCR e genotipagem para Herpesvírus.
HSV 1 e 2 (DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA) – IgM e IgG
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
0,5mL de soro ou líquor para cada.
Jejum Obrigatório 8h.
Informações necessárias
Informar se está grávida e se já fez este exame anteriormente.
HSV 1 – IgM e IgG
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
0,5mL de soro para cada.
Jejum Obrigatório 8h.
Informações necessárias
Informar se está grávida e se já fez este exame anteriormente.
HSV 2 – IgM e IgG
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
0,5mL de soro para cada.
Jejum Obrigatório 8h.
Informações necessárias
Informar se está grávida e se já fez este exame anteriormente.
Herpesvírus, pesquisa de células de Tzanck
Comentário
A infecção pelo herpesvírus simples pode ser assintomática ou causar lesões dolorosas em pele e mucosas. Na infecção pelo herpesvírus e na infecção pelo Vírus Varicela-Zoster, células epiteliais infectadas mostram mudanças em suas características, incluindo multinucleação e marginação da cromatina. A presença destas células (células de Tzanck), no exsudato das lesões, ocorre em 50% dos casos de infecção herpética. Este método não diferencia entre infecções pelo herpesvírus do tipo I ou II.
Método
Giemsa
Condição
Exsudato das lesões.
Informações necessárias
Informar medicamentos em uso.
Herpesvírus, cultura
Comentário
A cultura para herpesvírus confirma os achados da pesquisa de células herpéticas, permitindo diferenciação com as infecções pelo Vírus Varicela-Zoster. O herpesvírus está associado com gengivoestomatite, herpes labial, herpes genital, lesões cutâneas, ceratoconjuntivite, herpes neonatal, meningite asséptica e encefalite. A cultura é indicada para apresentações clínicas com vesículas. A reação em cadeia da polimerase é o método de escolha para pesquisa do herpesvírus no líquor.
Veja também PCR e Genotipagem para herpesvírus.
Método
Inoculação em monocamadas de cultura de células HEp2.
Condição
Fluído da vesícula (lesão).
Obs: a sensibilidade do exame é muito baixa, quando a coleta é feita em lesões após a eclosão das vesículas.
O cliente não deve estar em uso de medicamentos tópicos.
Hepatite E – HEV, anti
Comentários
A hepatite E tem transmissão fecal-oral e apresenta clínica similar à hepatite A, sendo, porém, mais grave. Apresenta período de incubação de 2 a 9 semanas, com alto percentual de casos fatais em gestantes (20%). O anti-HEV IgM é o marcador de infecção recente mais conveniente para o diagnóstico da infecção pelo HEV. É detectado em mais de 90% dos pacientes e persiste por 3 meses em 50% dos pacientes.
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
0,2mL de soro.
Jejum Obrigatório 8h.
Hepatite D – HDV, anti
Comentários
É causada por um RNA vírus incompleto que necessita, como envoltório, do antígeno de superfície do vírus da hepatite B para sua expressão. Em indivíduos infectados pelo HBV ocorre uma simbiose que resulta em uma partícula híbrida constituída, no seu interior, de antígeno e genoma delta recoberto por HBsAg. Infecção pode ocorrer como co-infecção (pacientes infectados simultaneamente pelo vírus B e vírus Delta) ou superinfecção (pacientes já infectados pelo vírus B que contraem a infecção pelo vírus Delta). A superinfecção pelo HDV resulta em 95,5% de cronicidade. O diagnóstico baseia-se em imunoensaios para anti-HDV que utilizam antígenos recombinantes do HDAg. Surge 5 a 7 semanas após a infecção. É importante salientar que anti-HDV pode formar-se tardiamente na co-infecção.
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
0,3mL de soro.
Jejum Obrigatório 8h.