Gama-glutamil transferase – GGT

Comentários

É um marcador sensível de colestase hepatobiliar e do consumo de álcool. Nos quadros de icterícia obstrutiva níveis 5 a 50 vezes acima do normal são encontrados. A GGT duas vezes maior que o valor de referência com razão TGO/TGP > 2:1 sugere consumo alcoólico. Nas neoplasias de fígado valores elevados podem ocorrer. Níveis de GGT podem elevar-se durante o uso de fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, ácido valpróico e contraceptivos. Diminuição dos valores podem ocorrer no uso de azatioprina, clofibrato, estrógenos e metronidazol.

Veja também Fosfatase alcalina.

Método

Cinético colorimétrico

Condição

0,8mL de soro.

Galactose, pesquisa na urina

Comentários

A detecção de galactose na urina é resultante da galactosemia. Trata-se de uma condição genética em que ocorre deficiência das enzimas galactose-1-fosfato-uridil-transferase ou da galactoquinase, não havendo conversão da galactose ingerida à glicose, acarretando no seu acúmulo e conseqüente galactosúria.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Precipitação com microscopia ótica

Condição

30mL de urina recente (jato médio da 1a urina da manhã).

Colher após 2 horas de ingestão de 1 copo de leite.

Enviar rapidamente ao laboratório.

GAD, anticorpos anti

Comentários

O diabetes mellitus tipo 1 é caracterizado pela infiltração linfocítica das ilhotas pancreáticas e auto-anticorpos contra uma variedade de antígenos das células beta. Anti-GAD são observados em 70% a 80% dos pré-diabéticos e diabéticos tipo 1, incluindo 7% a 8% dos diabéticos com início na vida adulta. Anticorpos específicos para o GAD aparecem em até 10 anos antes do início clínico do diabetes mellitus. A positividade para o GAD aumenta a probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 1 quando comparado com os indivíduos negativos. É positivo em 98% dos portadores da Síndrome Stiff-Man. Marcador encontrado também em um grupo de doenças auto-imunes como tireoidite, Doença de Graves, anemia perniciosa, vitiligo entre outras.

Método

Radioimunoensaio

Condição

0,2mL de soro.

Jejum Desejável 4h.

Fungos

PESQUISA (MICOLÓGICO DIRETO)

Comentário

O exame micológico direto é utilizado para diagnóstico rápido das micoses, permitindo pronta instituição terapêutica. É utilizado também no diagnóstico diferencial de outras afecções que se assemelham a infecções fúngicas.

Método

Microscopia.

Condição

Secreção vaginal, uretral, urina 1o jato, secreções de feridas, escarro, punção de linfonodos, abcessos, descamação de lesões de pele, pêlos, unhas e líquidos corpóreos.

CULTURA

Comentário

Utilizada no diagnóstico das infecções fúngicas em diversos materiais clínicos, com identificação do agente causal. Os passos mais importantes para o sucesso do isolamento dos agentes etiológicos das micoses são a coleta adequada, o rápido transporte das amostras ao laboratório, seu pronto e adequado processamento e a inoculação nos meios apropriados.

Observação: discriminar cultura para Cândida se o propósito for o cultivo exclusivo para este fungo, já que o prazo de marcação para a entrega do resultado fica reduzido.

Método

Semeadura em meios específicos.

Condição

Raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções uretral e vaginal, secreções de feridas, escarro, lavado brônquico, sangue, líquor, urina, fezes, punção de linfonodos e biópsia de lesões.

Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.

CULTURA AUTOMATIZADA

Comentário

Utilizada no diagnóstico das infecções fúngicas em diversos materiais clínicos, com identificação do agente causal. Os passos mais importantes para o sucesso do isolamento dos agentes etiológicos das micoses são a coleta adequada, o rápido transporte das amostras ao laboratório, seu pronto e adequado processamento e a inoculação em meio apropriado (Bactec Myco/F Lytic no sistema automatizado).

Método

Semeadura em meio Bactec Myco/F Lytic.

Condição

Sangue total ou aspirado medular em heparina (quando não inoculado diretamente no frasco Myco/F Lytic). Punção de linfonodos, líquidos corporais (líquor, líquido peritoneal, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido pericárdico e líquido amniótico).

Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos.

ANTIFUNGIGRAMA PARA LEVEDURAS

Comentário

Orienta na escolha do antifúngico adequado ao tratamento de infecções fúngicas causadas por leveduras (Candida spp. e Cryptococcus spp.). Com o aumento da incidência de infecções graves por fungos em pacientes graves e imunodeprimidos, a utilização dos testes de sensibilidade mostra-se útil. São testados: itraconazol, econazol, miconazol, fluconazol, cetoconazol, clotrimazol, anfotericina B e nistatina. Ressalta-se que discordâncias entre sensibilidade in vitro e evolução clínica são descritas. Salienta-se que não são realizados antifungigramas para outros fungos que não as leveduras.

Método

Difusão em disco em meio específico.

Condição

Raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções uretral e vaginal, secreções de feridas, escarro, lavado brônquico, sangue, líquor, urina, fezes, punção de linfonodos e biópsia de lesões. Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos. Leveduras (Candida spp., Cryptococcus spp.) já previamente isoladas em meios de cultura.

IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS

Comentário

A identificação de fungo isolado em meio de cultura permite o diagnóstico das infecções fúngicas superficiais e rofundas (dermatofitoses, cromomicose, esporotricose, histoplasmose, etc).

Condição

Fungo isolado em meio de cultura.

IDENTIFICAÇÃO DE LEVEDURAS POR MÉTODO AUTOMATIZADO

Comentário

As infecções por leveduras, consideradas oportunísticas em sua maioria, têm aumentado em importância devido à emergência de outros gêneros e espécies além dos mais conhecidos (Candida albicans ou Cryptococcus neoformans). Este incremento de casuística, favorecido pelo aumento de pacientes imunocomprometidos ou pelo uso de novas práticas médicas, faz com que a identificação acurada desses fungos seja crucial para a determinação epidemiológica e tratamento. A identificação rápida (em 4 horas) de 42 leveduras e espécies leveduriformes (inclusive Prototheca spp.) é realizada através de substratos convencionais e cromogênicos em painéis Microscan, com leitura automatizada no equipamento WalkAway.

Método

Leitura automatizada no sistema Microscan WalkAway-96.

Condição

Leveduras isoladas em ágar Sabouraud glicosado.

Funcional de fezes

Comentários

Este estudo visa a avaliação das funções digestivas, abrangendo as provas de digestibilidade macroscópicas e microscópicas, exames químicos, cujos resultados sugerem diferentes quadros que são agrupados em síndromes coprológicas: insuficiência gástrica, pancreática e biliar, hipersecreção biliar, desvios da flora bacteriana (fermentação hidrocarbonada e putrefação), síndromes ileal e cecal, colites e outras alterações do trânsito intestinal. O desenvolvimento de métodos que permitiram o diagnóstico etiológico específico de cada umas das moléstias agrupadas nestas síndromes, diminuiu a importância diagnóstica do exame funcional de fezes.

Método

É realizada uma análise macroscópica e microscópica das fezes e pesquisas bioquímicas

Dieta

Suspender toda medicação (principalmente laxantes e supositórios) durante 3 dias ou C.O.M.

Fazer a dieta durante 3 dias. Crianças até 12 anos não necessitam de dieta.

É importante informar a idade.

Evitar o uso de bebidas gasosas e alcoólicas.

Após os 3 dias da dieta, colher toda a primeira evacuação da manhã e encaminhar ao laboratório imediatamente.

Frutose, pesquisa na urina

Comentários

A presença de frutose na urina indica alterações no metabolismo da mesma. A frutose é o principal constituinte de muitas frutas, vegetais e do mel. A frutosúria é um achado raro. Ocorre na frutosúria essencial, na frutosúria alimentar e na intolerância hereditária à frutose.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Colorimétrico

Condição

Urina (jato médio 1a urina da manhã – urina 12h ou 24h).

Fragilidade osmótica das hemácias

Comentários

O aumento da fragilidade osmótica ocorre na esferocitose hereditária e em certas anemias hemolíticas esferocíticas adquiridas. Também encontra-se aumentada na anemia hemolítica por deficiência de piruvatoquinase e na doença hemolítica perinatal. Encontra-se diminuída nas outras anemias hemolíticas (síndromes talassêmicas, hemoglobinopatias), anemias ferroprivas, doenças hepáticas e no estado pós-esplenectomia.

Método

Dacie

Condição

5,0mL de sangue total heparinizado.

Jejum Obrigatório  8h.

Não realizamos aos sábados e véspera de feriados.

Fósforo

Comentários

Sangue: menos de 1% do fósforo corporal encontra”se no plasma. Causas de fósforo elevado: exercícios, hipovolemia, acromegalia, hipoparatireoidismo, metástases ósseas, hipervitaminose D, sarcoidose, epatopatias, embolia pulmonar, insuficiência renal e trombocitose. Amostras não refrigeradas, não dessoradas rapidamente e com hemólise podem apresentar elevações espúrias do fósforo. Hipofosfatemia pode ocorrer no uso de antiácidos, diuréticos, corticóides, glicose endovenosa, hiperalimentação, diálise, sepse, deficiência de vitamina D e desordens tubulares renais. Outras drogas podem interferir na determinação do fósforo: acetazolamida, salbutamol, alendronato, azatioprina, isoniazida, lítio, prometazina e anticoncepcionais.

Urina: útil na avaliação do equilíbrio entre cálcio e fósforo e no estudo dos cálculos urinários. Níveis urinários elevados são encontrados no hiperparatireoidismo, deficiência de vitamina D, uso de diurético, acidose tubular renal e Síndrome de Fanconi. Níveis baixos são encontrados na desnutrição, hipoparatireoidismo, pseudohipoparatireoidismo, uso de antiácidos e intoxicação por vitamina D. Várias drogas podem interferir na determinação do fósforo urinário: acetazolamida, aspirina, diltiazen, sais de alumínio, bicarbonato, calcitonina, corticóides e diuréticos.

Método

Cinético U.V.

SANGUE

Condição

0,8mL de soro.

URINA

Condição

Urina (urina recente ” urina 24h).

Usar HCl 50% 20mL/L de urina OU refrigerar ” facultativo.

Fosfatase alcalina específica óssea – Esquelética

Comentários

Útil como marcador da formação óssea. A fosfatase alcalina presente no soro é produzida em diversos órgãos: ossos, fígado, rins, intestino e placenta. A isoforma óssea localiza-se na membrana plasmática dos osteoblastos, estando envolvida no processo de formação e mineralização dos ossos. Apesar da grande semelhança estrutural entre as isoformas, imunoensaios específicos foram desenvolvidos para a isoforma óssea, o que diminui, mas não elimina a reação cruzada com a isoforma hepática. Níveis aumentados são encontrados na doença de Paget, tumores ósseos primários ou metastáticos, hiperparatireoidismo, doença de Recklinghausen, osteomalácia, raquitismo, fraturas, gravidez, crescimento ósseo fisiológico da criança, desnutrição, síndrome de má-absorção, doença de Gaucher, doença de Niemann-Pick, hipertireoidismo e hepatopatias. Níveis diminuídos podem ser encontrados na hipofosfatesemia hereditária. Sua determinação apresenta vantagens sobre a osteocalcina por ter meia-vida maior (1 a 2 dias), não ser afetada por variações diurnas e ter menos interferentes pré-analíticos. É o melhor marcador de formação em pacientes com insuficiência renal, pois não é influenciada pela filtração glomerular. Juntamente com fosfatase alcalina total são os marcadores de escolha nos casos de doença de Paget. Níveis são mais elevados em homens e aumentam com a idade em ambos os sexos. Crianças apresentam níveis mais elevados que adultos.

Método

Imunoensaio por captura

Condição

0,5mL de soro.

Jejum Obrigatório 8h.

Fosfatase alcalina

Comentários

As fosfatases alcalinas estão presentes nas membranas celulares dos seguintes tecidos: ossos, fígado, intestino, placenta, rins e leucócitos. As isoenzimas hepáticas e ósseas representam 90% da fosfatase alcalina circulante. Em crianças a fração óssea predomina. A fosfatase alcalina total encontra-se elevada na colestase, hepatites virais (mais discretamente), Doença de Paget, tumores ósseos, hiperparatireoidismo, osteomalácia e raquitismo.

Medicamentos como anticoncepcionais orais, hipolipemiantes, anticoagulantes e antiepilépticos podem reduzir os níveis da fosfatase alcalina total.

Veja também Fosfatase alcalina óssea específica.

Método

Enzimático

Condição

0,8mL de soro.

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