Toxoplasmose, anticorpos IgM, IgA, IgG e IgG avidez

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A sorologia para toxoplasmose é o método mais utilizado no diagnóstico, entretanto, não existe nenhum teste, que de forma única, suporte ou afaste o diagnóstico de infecção recente ou tardia. Assim, a análise do resultado deve ser cautelosa:

Interpretação dos anticorpos na toxoplasmose
Anticorpos: IgG
Evolução: Surgem em 1 a 2 semanas; pico em 1 a 2 meses; caem variavelmente, podendo persistir por toda vida. Valores elevados com IgM negativo não significam maior probabilidade de infecção recente.

Anticorpos: IgM
Evolução: Surgem em 5 dias, diminuindo em poucas semanas ou meses. Podem persistir por até 18 meses, não significando necessariamente infecção recente. Um resultado de IgM negativo ou positivo na gravidez não diagnostica ou afasta infecção aguda, sendo necessário complementação diagnóstica. Não ultrapassa a placenta, sendo útil no diagnóstico da infecção congênita em recém-nascido.

Anticorpos: IgA
Evolução: Detectados em infecções agudas e na doença congênita. Podem persistir por meses, até mais de 1 ano. Maior sensibilidade que IgM na infecção congênita.

Teste de hemaglutinação: útil para indicar prevalência, mas não para o diagnóstico de infecção neonatal ou quadro recente em gestante, devido a possibilidade de falso-positivos e ao fato de não diferenciar entre IgM e IgG.
Detecta anticorpos mais tardiamente que a imunofluorescência e que os testes imunoenzimáticos.

Teste de imunofluorescência indireta (IFI) IgM: detecta IgM nas primeiras semanas, desaparecendo em meses. Títulos baixos podem persistir por mais de um ano em 20% dos casos. Falso-positivos para fator reumatóide
e fator anti-nuclear podem ocorrer. Devido a possibilidade de resultados falso-positivos (7%) é aconselhável a repetição da sorologia em 3 semanas e a sua confirmação com um outro método mais específico, como ELFA.

Teste de imunofluorescência indireta (IFI) IgG: título começa a subir entre 4 e 7 dias após IgM. Pico em 8 semanas e início de queda no sexto mês, sendo que títulos baixos podem persistir por anos. Podem ocorrer falso-positivos para fator anti-nuclear e falso-negativos para títulos baixos de IgG.

Imunoensaio enzimático IgA:. detectada na infecção recente, permanecendo elevada por no mínimo 26 semanas. Não atravessa a placenta e não é absorvida pelo leite materno, tendo, pois, utilidade no diagnóstico de toxoplasmose congênita. Apresenta sensibilidade de 83,3% e especificidade de 94% em crianças com toxoplasmose congênita durante os doze primeiros meses de vida. No primeiro mês de vida, a combinação de IgA e IgM melhora o desempenho dos ensaios em relação aos mesmos de forma isolada.

Quimioluminescência IgM: trata-se de método totalmente automatizado, preciso, rápido e de alta reprodutibilidade. Apresenta especificidade de 98% e sensibilidade de 95%. Por tratar-se de método sensível pode permanecer detectável até dois anos após a infecção aguda, um único resultado positivo não pode ser considerado patognomônico de toxoplasmose recente. Orienta-se que resultados positivos devam ser confirmados por uma forma alternativa de ensaio, como ELFA, e coleta de nova amostra após 3 semanas.

Quimioluminescência IgG: esse método apresenta alta especificidade e sensibilidade. Independente do nível
de anticorpos, não pode predizer se a infecção é recente ou tardia. Alto índice de positividade na população
brasileira adulta.

Enzyme Linked Fluorescent Assay (ELFA) IgM – captura: método automatizado, de grande reprodutibilidade, que elimina as interferências do fator reumatóide. Devido a sua alta sensibilidade, pode detectar níveis baixos de anticorpos por longos períodos após fase aguda (18 meses). Útil para confirmação de IgM positivos em outros
ensaios. Apresenta sensibilidade de 100% e especificidade de 98,6%. Em pacientes imunocomprometidos resultado negativo desse teste não exclui o diagnóstico de toxoplasmose.

Enzyme Linked Fluorescent Assay (ELFA) IgG: títulos altos não predizem, de forma isolada, infecção recente. Apresenta sensibilidade de 98,1% e especificidade próxima a 100%.

Teste de avidez IgG: na fase aguda anticorpos IgG ligam-se fracamente ao antígeno (baixa avidez). Na fase crônica (> 4 meses) tem-se elevada avidez. É indicado para mulheres grávidas, principalmente no primeiro trimestre, que apresentam IgG e IgM positivos. A detecção de anticorpos de alta avidez em pacientes com IgM positivo indica infecção adquirida há mais de 4 meses. Tratamento anti-parasitário pode manter a baixa avidez por mais de 4 meses. Estudo em amostra brasileira evidenciou ser o teste de IgG avidez o melhor marcador de infecção aguda em pacientes com IgM positivo.

Informações necessárias
Gravidez, se teve contato com algum animal doméstico (gato, papagaio), se este exame já foi realizado anteriormente.
Veja também PCR para Toxoplasmose.

HEMOAGLUTINAÇÃO INDIRETA
Condição
0,3mL de soro.
Jejum obrigatório de 8h

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgG e IgM
Condição
0,5mL de soro para cada – líquor.
Jejum obrigatório de 8h
Obs: O teste imunológico no líquor deve ser realizado em paralelo com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.
QUIMIOLUMINESCÊNCIA IgG

QUIMIOLUMINESCÊNCIA IgM
Condição
0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/heparina).
Jejum obrigatório de. 8h

IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO IgA
Condição
0,5mL de soro
Jejum obrigatório de 8h.

ELFA – ENZYME LINKED FLUORESCENT ASSAY – IgG e IgM
Condição
0,5mL de soro para cada.
Jejum.obrigatório de 8h.

TESTE DE AVIDEZ IgG
Método
Quimioluminiscência

Condição
1,0mL de soro.
Jejum obrigatório de 8h.

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