Leishmaniose, pesquisa direta

Comentários

A pesquisa direta do parasita nas lesões é mais usada para o diagnóstico da leishmaniose tegumentar. De modo geral, as formas amastigotas são mais abundantes na fase inicial da doença, tornando-se raras em lesões antigas (resultados falso-negativos). Exame deve ser realizado antes do início do tratamento, pois parasitas desaparecem logo após instituição da terapêutica antimonial. A pesquisa direta apresenta sensiblidade de 80% nos casos de leishmaniose tegumentar.

Método

Coloração pelo May-Grunwald/Giemsa

Condição

2 esfregaços de raspado de úlceras.

Leishmaniose, anticorpos IgG

Comentários

A sorologia para leishmaniose é útil na forma visceral (calazar). Apresenta sensibilidade para forma visceral superior a 90%, entretanto, com a possibilidade de reatividade cruzada com tripanossomíase, malária, filariose, esquistossomose e hanseníase. Pacientes imunodeprimidos e com Leishmaniose podem apresentar teste negativo.  Na forma cutânea da doença a sensibilidade da sorologia é baixa. A confirmação diagnóstica requer a detecção da Leishmania em algum sítio.

Veja também PCR para Leishmania.

Método

Imunoensaio enzimático

Condição

0,5mL de soro.

Jejum Obrigatório 8h.

Legionella, antígeno urinário

Comentários

Este teste baseia-se na detecção de um antígeno lipopolissacarídeo da L. pneumophila sorogrupo 1 na urina. O sorogrupo 1 é o mais encontrado, sendo responsável por cerca de 70% a 80% das infecções causadas pela Legionella. O antígeno urinário é detectado em 3 dias e pode persistir por 10 a 60 dias após o início dos sintomas, não sendo afetado pelo uso prévio de antibióticos. Para infecções causadas pelo sorotipo 1, este teste apresenta sensibilidade de 83% a 99,5% e especificidade de 95% a 99,5%. Na avaliação da possibilidade de reações cruzadas entre legionelas, foi descrito que o antígeno urinário é positivo em 40% dos casos de infecção por outros sorotipos e espécies de Legionella. Desta forma, embora não detecte todos os sorotipos e espécies de Legionella, a grande aplicabilidade deste método advém da sua fácil coleta e da sua rapidez. Na presença de resultados negativos do antígeno urinário e suspeita clínica de legionelose, a PCR pode ser utilizada para confirmação diagnóstica.

Método

Imunocromatografia

Condição

Urina recente

Legionella, anticorpos totais

Comentários

Legionella pneumophila é agente etiológico de pneumonia, sendo responsável por 33% destas em transplantados renais e 8,5% em infecções comunitárias. A sorologia pode auxiliar no diagnóstico quando são obtidas duas amostras: a primeira na fase aguda; a segunda após 15 dias, na convalescença. O aumento dos títulos em quatro vezes são indicativos desta infecção. Apenas 25% a 40% dos pacientes têm títulos de anticorpos elevados na primeira semana da doença. A melhor sensibilidade é obtida com a determinação dos anticorpos totais, alcançando sensibilidade de 50% e especificidade de 95%. Reações falso-positivas podem ser causadas por micobactérias, bactérias gram-negativas, Pseudomonas, Haemophilus, Bordetela, Chlamydia e Rickettsiose. A pesquisa do antígeno urinário e a PCR para Legionella permitem diagnóstico mais rápido que a sorologia.

Veja também Legionella antígeno urinário e Legionella PCR.

Método

Imunoensaio enzimático

Condição

0,5mL de soro.

Jejum Obrigatório 8h.

LDL peroxidada – LDL-PX

Comentários

Valores elevados indicam ação indesejável dos radicais livres. Partículas de LDL são muito sensíveis à oxidação por radicais livres, gerando LDL peroxidada. A LDL peroxidada é citotóxica e induz à diferenciação e adesão dos monócitos às células endoteliais, sendo associada ao processo de aterosclerose.

Método

Colorimétrico

Condição

3,0mL de soro.

Jejum Obrigatório 12h.

Lactose, pesquisa na urina

Comentários

A lactosúria pode ocorrer nos últimos meses da gravidez e durante a lactação. Ocorre também pela deficiência de lactase ou por intolerância à lactose sem carência enzimática. A diminuição da lactase pode ocorrer na doença celíaca, espru tropical, desnutrição, colo irritável e pós-gastrectomia.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Colorimétrico

Condição

30mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã).

Kleihauer

Comentários

Teste utilizado para evidenciar a presença de hemoglobina fetal (HbF) nas hemácias. No teste, a HbA e outras hemoglobinas são removidas dos eritrócitos, com exceção da HbF, que persiste após eluição ácida. A prova positiva revela presença de HbF. Encontra-se positiva em algumas formas de talassemias (distribuição heterogênea nas hemácias) e na persistência hereditária da hemoglobina fetal (distribuição homogênea), anemias aplásicas e microesferocitose hereditária. Em casos de análise de sangue fetal (coleta intra-uterina) é usado para confirmar se o sangue é realmente fetal ou materno. Também usado na determinação e quantificação aproximada de transfusão materno-fetal em casos de mãe Rh negativo e feto Rh positivo.

Método

Coloração pela eosina

Condição

2,0mL de sangue total (EDTA) ou sangue de cordão/fetal (EDTA).

Jo-1, auto-anticorpos anti

Comentários

Estes anticorpos são direcionados contra a enzima histidil-tRNA sintetase e estão presentes em 15-20% dos pacientes com polimiosite e dermatomiosite. Existem evidências de que os títulos de anti-Jo-1 podem variar de acordo com a atividade da miosite. Está associado com com a síndrome anti-sintetase, caracterizada por doença intersticial pulmonar, poliartrite, miosite, fenômeo de Raynaud, mãos de mecânico e febre.

Método

Hemoaglutinação

Condição

0,3mL de soro.

Jejum Obrigatório 8h.

ITL – Índice de tiroxina livre

Comentários

O índice de tiroxina livre pode ser calculado como o produto da captação de T3 por resina e T4 total; é proporcional ao T4 livre. Apresenta estimativa satisfatória da concentração de T4 livre nas gestantes e em uma variedade de outras situações em que a concentração de TBG encontra-se leve a moderadamente alterada. Recentemente, os ensaios de TSH tornaram-se reprodutíveis e o uso do ITL tem diminuído.

Insulina, anticorpos anti

Comentários

Essencialmente, todos os pacientes tratados com insulina de porco ou boi desenvolvem anticorpos anti-insulina. Entretanto, resistência insulínica clinicamente aparente mediada por tais anticorpos raramente é observada (0,01%) nos pacientes tratados. A maioria dos anticorpos anti-insulina são IgG e poucos são IgE. A presença de anticorpos anti-insulina pode ocasionar alteração nos resultados dos ensaios para insulina. Pode estar presente em 16% a 69% dos pacientes com diagnóstico recente de diabetes mellitus tipo 1. A prevalência dos anticorpos anti-insulina é inversamente correlacionada com a idade, limitando, assim o seu uso na predição do diabetes. O risco para progressão do diabetes em parentes de primeiro grau de pacientes diabéticos tipo 1 positivos para o anticorpo anti-insulina é de 28% a 59% em 5 anos.

Método

Radioimunoensaio

Condição

0,5mL de soro.

Jejum Desejável 4h.

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