Eletroforese de lipoproteínas

Comentários

Os lípides circulam no plasma combinados a proteínas (lipoproteínas). As lipoproteínas podem ser separadas através de eletroforese, recebendo nomes de acordo com sua mobilidade: HDL (alfa-lipoproteína) migram com as alfa-1-globulinas; LDL (beta-lipoproteínas) migram com as beta-globulinas; VLDL (pré-betalipoproteínas) migram com as alfa-2-globulinas; e quilomícrons. Os padrões de eletroforese de lipoprotéina são úteis na caracterização das dislipidemias secundárias e primárias. Na disbetalipoproteinemia tipo III partículas de densidade intermediárias

(IDL) formam banda larga entre regiões pré-beta e beta.

Método

Eletroforese em gel de agarose

Condição

0,5mL de plasma (EDTA) ou soro.

Jejum Obrigatório 12h.

Ectoparasitas, pesquisa

Comentário

O exame é utilizado para o diagnóstico diferencial de lesões cutâneas, quando há suspeita clínica de infestação por ectoparasitas: Sarcoptes scabiei (escabiose), Pediculus humanus (pediculose), Phthirus pubis (fitiríase).

Método

Microscopia direta.

Condição

Raspado de lesões de pele e pêlos.

Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de medicamentos tópicos.

A colocação de bolsa de água quente sobre as lesões pode aumentar a sensibilidade do exame.

Uroporfirinas, pesquisa na urina

Comentários

A solubilidade é um fator determinante do comportamento das porfirinas. A uroporfirina é a porfirina mais solúvel em água, sendo encontrada na urina e em menores concentrações nas fezes e sangue. Encontra-se elevada nos pacientes com porfiria cutânea tarda, porfiria eritropoiética congênita, insuficiência renal crônica e neoplasias. Veja também Coproporfirinas, Porfirinas, Porfobilinogênio, Protoporfirinas, ALA-U e Zincoprotoporfirina.

Método

Fluorescência

Condição

Urina (jato médio 1ª urina da manhã – urina 24h*).

*Usar 5g urina de bicarbonato de sódio por litro de urina.

Urocultura e antibiograma

Comentário

Aplica-se ao diagnóstico de infecções microbianas do trato urinário, identificação dos microrganismos e teste de sensibilidade aos antibióticos.

Método

Sistemas de isolamento e identificação.

Condição

10,0mL de urina recente. Colher, preferencialmente no laboratório, a primeira urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções. Fazer higiene local, desprezar o primeiro jato e coletar o jato médio.

Preferencialmente, não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias.

Urobilinogênio, pesquisa na urina

Comentários

O urobilinogênio assim como a bilirrubina, é um pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. O aumento de sua concentração na urina é encontrado nas hepatopatias, nos distúrbios hemolíticos e nas porfirias. A ausência do urobilinogênio na urina e nas fezes significa obstrução do ducto biliar, que impede a passagem normal de bilirrubina para o intestino.

Método

Colorimétrico (Ehrlich)

Condição

30,0mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)

Enviar rapidamente ao laboratório

Urina rotina

Comentários

O exame de urina rotina é muito importante para avaliações da função renal e afecções do trato urinário, podendo auxiliar no diagnóstico e avaliação da eficácia do tratamento. O exame compreende três etapas: caracteres gerais (propriedades físicas), pesquisa de elementos anormais (pesquisa química), sedimentoscopia (exame microscópico da urina).

Método

É realizada uma análise física da urina, análise química qualitativa e quantitativa dos elementos anormais (automação) e análise do sedimento (microscopia ótica).

Condição

Urina recente (jato médio 1a urina manhã) ou urina com no mínimo de 4h após última micção.

Ideal colher no laboratório. O laboratório fornece kit próprio para a coleta de urina.

Fazer higienização da genitália com água e sabão neutro previamente. Em caso de crianças que necessitam de coletor, o mesmo deve ser colocado após a higienização adequada e deverá ser trocado de hora em hora, até que a criança urine. Repetir a higienização sempre que for necessário trocar o coletor.

Manter dieta hídrica habitual.

Enviar rapidamente ao laboratório.

Ureia, clearance

Comentários

Este teste, devido às variações de dieta, filtração, reabsorção renal e síntese hepática, é pouco útil na medição da taxa de filtração glomerular, sendo mais usado na medida da taxa de produção de ureia e na avaliação dos compostos nitrogenados não proteicos.

Método

Colorimétrico enzimático

Condição

0,8mL de soro + 5mL de urina 12h ou 24h

Jejum obrigatório de 8 horas

Coletar a amostra de sangue no mesmo dia de entrega da urina

Refrigerar desde o início da coleta

Ureia

Comentários

A ureia é a principal fonte de excreção do nitrogênio. Produto do metabolismo hepático das proteínas, é excretada pelos rins. Desta forma, a uréia é diretamente relacionada à função metabólica hepática e excretória renal. Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal.

Método

Colorimétrico enzimático

SANGUE

Condição

0,8mL de soro ou plasma (fluoreto).

Jejum obrigatório de 8 horas

URINA

Condição

Urina (jato médio da 1ª urina da manhã – urina 12h – urina de 24h).

Refrigerar desde o início da coleta

Ureaplasma sp., cultura

Comentário

O Ureaplasma urealyticum é membro da classe dos micoplasmas, os menores organismos de vida livre conhecidos. A principal síndrome associada à infecção pelo U. urealyticum é a uretrite não-gonocócica (UNG). A maioria dos casos de UNG é causada pela C. trachomatis, sendo o U. urealyticum responsável por 20% a 30% dos casos restantes. Em mulheres, pode levar a complicações como salpingite, endometrite e corioamnionite. Prostatite e epididimite têm sido associadas a este agente em homens. Está associado com inflamação, parto prematuro, septicemia, meningite e pneumonia no recém-nascido. Em pacientes imunocomprometidos, o U. urealyticum tem sido associado com artrite, osteomielite, pericardite e doença pulmonar progressiva. Veja também Ureaplasma PCR e Doenças sexualmente transmissíveis PCR.

Método

Isolamento em meios de cultura.

Condição

Secreção uretral, vaginal, swab endocervical, esperma ou 1º jato urinário.

Material uretral: colher antes da primeira urina do dia ou permanecer no mínimo 4 horas sem urinar.

Urina: primeiro jato da primeira urina matinal. Obs.: a sensibilidade da amostra colhida na uretra é bem maior que a do 1º jato de urina.

Material endocervical: não estar menstruada ou fazendo uso de medicações tópicas.

Preferencialmente, não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias.

Varicella-Zoster, anticorpos IgG e IgM

Comentários

O vírus Varicella-Zoster é responsável por duas síndromes clínicas: a catapora e o herpes zoster. A catapora é uma grande ameaça a neonatos e indivíduos imunocomprometidos. O herpes zoster é mais comum acima dos 50 anos, sendo frequente em pacientes com imunidade comprometida por neoplasias, uso de drogas imunossupressoras ou em crianças expostas ao vírus no período neonatal. A presença de IgM ou alto título de IgG correlaciona-se com infecção ou exposição recente, enquanto baixos títulos de IgG são observados em adultos saudáveis. Na catapora, a IgM é detectada sete dias após o rash, atingindo o pico em 14 dias. Quanto ao herpes zoster, a IgM aumenta em torno do 8º e 10º dia após a erupção, com pico geralmente no 18º e 19º dia. É importante ressaltar que as vacinações induzem à síntese de IgG, embora a grande proteção seja do tipo celular.

Método

Imunoensaio enzimático

Condição

0,5mL de soro para cada – liquor.

Jejum obrigatório de 8 horas

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