Aldolase

Comentários

Essa enzima é utilizada na avaliação dos quadros de fraqueza muscular. Níveis elevados são encontrados nas fases iniciais das doenças musculares como distrofia muscular e dermatopolimiosite. Níveis elevados também podem ser encontrados em doenças hepáticas, na pancreatite, no infarto do miocárdio e em neoplasias. Valores baixos podem ser encontrados nas fases avançadas das miopatias.

Método

Enzimático

Condição

0,8mL de soro (sem hemólise).

Agregação plaquetária

Comentários

O teste está indicado na investigação das anormalidades funcionais (qualitativas) das plaquetas, tanto congênitas quanto adquiridas (uso de aspirina, uremia, gamopatias monoclonais). Nos testes de agregação plaquetária verificamos resposta à adição dos agentes agregantes: adenosina difosfato (ADP); adrenalina; colágeno e ristocetina. Na doença de von illebrand e na doença de Bernard Soulier a agregação frente à ristocetina é caracteristicamente anormal. Na Trombastenia de Glazmann a agregação está diminuída com todos os agregantes, exceto com a ristocetina.

Método

Óptico (agregômetro de plaquetas)

Condição

Sangue total (4 tubos de citrato + 1 tubo EDTA).

Jejum Obrigatória  8h.

Informações necessárias

Informar motivo da realização do exame e medicamentos em uso. Algumas drogas podem afetar os testes de agregação plaquetária (aspirina, dipiridamol, anti-inflamatório não-hormonal, etc), e o paciente deve ser questionado sobre o seu uso nos últimos 7 dias.

Fazer levantamento histórico de sangramento em membranas mucosas, epistaxes, menorragias, sangramento intra ou pós-operatório anormal, aparecimento de manchas roxas, petéquias e doenças de coagulação na família.

Adenosina deaminase – ADA

Comentários

ADA é uma enzima que catalisa a conversão da adenosina à inosina, participando do processo de diferenciação e proliferação de linfócitos. Níveis elevados de ADA são indicadores indiretos de tuberculose meníngea, pericárdica e peritoneal. No líquido pleural tem sensibilidade de 99% para diagnóstico de tuberculose; no líquor tem sensibilidade de 90% e especificidade de 94%; no líquido pericárdico tem sensibilidade de 99% e especificidade de 83%; no líquido ascítico tem sensibilidade de 95% e especificidade de 96%. A dosagem da ADA no soro não tem valor diagnóstico. Resultados falso-negativos podem ocorrer em pacientes com SIDA. Níveis elevados também podem ser encontrados em infecções bacterianas, criptocóccicas e neoplasias. Esta dosagem não substitui a biópsia no diagnóstico de tuberculose.

Veja também Sorologia para Mycobacterium tuberculosis.

Método

Enzimático

Condição

0,8mL de soro (sem hemólise).

0,5mL de líquor – líquido pleural – líquido ascítico – líquido pericárdico.

Addis, contagem

Comentários

O método de Addis permite o exame quantitativo do sedimento urinário em condições padronizadas, utilizando o volume exato da urina coletado em 12 horas. É importante para acompanhar a evolução das afecções renais, particularmente nas glomerulonefrites, onde as contagens têm valor prognóstico.

Método

Microscopia óptica

Condição

Urina 12h.

Não deverá haver ingestão excessiva de líquidos durante a coleta da urina.

Manter dieta hídrica habitual.

ACTH

Comentários

O ACTH é dosado principalmente para diagnóstico de desordens do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. Encontra-se elevado na Doença de Cushing (origem hipofisária), Doença de Addison, em situações de estresse e Síndrome de Secreção Ectópica do ACTH. Está diminuído nos casos de adenoma e carcinoma adrenais além de insuficiência adrenal secundária. Uma única determinação pode estar dentro dos limites da normalidade em pacientes com produção excessiva (Doença de Cushing) ou deficiência limítrofe. Raramente, em casos de síndrome ectópica do ACTH, o mesmo pode ser metabolicamente ativo e não detectado pelo ensaio.

Método

Quimioluminescência

Condição

0,7mL de plasma (EDTA).

J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

Ácido vanilmandélico – VMA

Comentários

O ácido vanilmandélico (VMA) é o principal metabólito da epinefrina e norepinefrina. Encontra-se elevado em situações onde ocorrem elevada produção de catecolaminas como no feocromocitoma, ganglioneuroblastoma, neuroblastoma e ganglioneuroma. Apresenta sensibilidade inferior à dosagem de metanefrinas. Vários medicamentos e alimentos podem interferir na sua determinação. É detectado em 70% dos casos de neuroblastoma. O paciente deverá permanecer 7 dias sem ingerir medicamentos que interferem, conforme orientação de seu médico assistente.

Podem promover aumento: alfa-bloqueadores (fentolamina, fenoxibenzamina e prazosin); antidepressivos (amitriptilina, amoxapina, desipramina, imipramina e nortriptilina); anti-histamínicos (difenilhidramina, clorfeniramina e prometazina); anti-psicóticos (clorpromazina, clozapina, ferfenazina); beta-bloqueadores (atenolol, labetolol, metoprolol, nadolol, findolol, propranolol, timolol); antagonistas dos canais de cálcio (felodipina, nicardipina, nifedipina, verapamil); drogas catecolamina-like (epinefrina, norepinefrina, dopamina, metildopa); diuréticos (hidroclorotiazida, furosemida); inibidores da monoaminoxidase (fenelzine); estimulantes (cafeína, nicotina, aminofilina, teofilina); simpaticomiméticos (salbutamol, anfetaminas, efedrina, isoproterenol, metaproterenol, pseudoefedrina e terbulina); vasodilatadores (diazóxido, hidralazina, isossorbida, minoxidil, nitroglicerina e outros nitratos e nitritos); outros (cocaína, insulina, levodopa, metilfenidato, metoclopramida, morfina, naloxona, fentazocina, proclorperazina e TRH).

Podem promover diminuição: antihipertensivos (captopril, clonidina, guanabenz, guanetidina, guanfacina, reserpina); anti-psicóticos (haloperidol); agonista dopaminérgico (bromocriptina); outros (dissulfiram, metirosina, octreotida).

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance – HPLC

Condição

Urina de 24h (usar para adulto HCL 50% 20mL/L de urina e para criança 10mL/L de urina). Refrigerar.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso, dose e tempo de uso.

Dieta

O paciente deverá permanecer durante todo o período da coleta do material sem fumar e ingerir: café, chá e refrigerantes com cola.

Ácido úrico, dosagem

Comentários

Sangue: o ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas, estando elevado em várias situações clínicas além da gota. Somente 10% dos pacientes com hiperuricemia têm gota. Níveis elevados também são encontrados na insuficiência renal, etilismo, cetoacidose diabética, psoríase, pré-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pós-quimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina, aspirina (doses baixas), didanosina, diuréticos, beta-bloqueadores, dentre outras drogas. Diminuição dos níveis é encontrada na dieta pobre em purinas, defeitos dos túbulos renais, porfiria, uso de tetraciclina, alopurinol, aspirina, corticóides, indometacina, metotrexato, metildopa, verapamil, intoxicação por metais pesados e no aumento do clearance renal.

Urina: cerca de 70% do ácido úrico é eliminado pelos rins. Esta dosagem é útil em pacientes com cálculos urinários para identificação daqueles com excreção urinária de urato aumentada. Álcool causa diminuição do urato urinário.

Anti-inflamatórios, vitamina C, diuréticos e warfarim podem interferir no resultado.

Líquido sinovial: pode ser útil no diagnóstico diferencial de artropatias.

Método

Colorimétrico enzimático

SANGUE

Condição

0,8mL de soro.

Jejum Obrigatório. 8h.

URINA

Condição

5mL de urina (jato médio da 1a urina da manhã).

Urina 12h – urina 24h (usar Bicarbonato de Sódio 5 g/L de urina).

LÍQUIDO SINOVIAL

Método

Colorimétrico enzimático

Condição

0,8mL líquido sinovial.

Ácido oxálico – Oxalato

Comentários

A excreção urinária do oxalato é um preditor de nefrolitíase. A hiperoxalúria é detectável em 30% dos pacientes com cálculos urinários compostos por oxalato. A dieta e o uso de ácido ascórbico podem alterar os resultados. Hiperoxalúria pode decorrer de má absorção intestinal, doenças inflamatórias intestinais, pós-operatórios de bypass intestinal, intoxicação por etilenoglicol e ingestão insuficiente de cálcio.

Método

Enzimático

Condição

Urina 24h (usar HCl 50% 20mL/L de urina).
Facultativo refrigerar.

Dieta (sugerida ou C.O.M.)

O paciente deverá evitar qualquer alimento ou medicamento que contenha vitamina C, durante 48 horas.
Evitar: limão, abacaxi, morango, gelatina, acerola, laranja, cálcio, espinafre, tomate.
Não colher durante o período de cólica renal.
Após dieta, colher urina de 24h.

Ácido lático – Lactato

Comentários

O ácido lático (lactato) é um intermediário do metabolismo dos carboidratos, sendo o principal metabólito do glicogênio, em anaerobiose. Valores elevados são encontrados no pós-prandial, após exercícios físicos, choque, insuficiência renal e hepática, intoxicação por etanol, uso de medicamentos (biguanidas, salicilatos, barbitúricos), glicogenoses congênitas, alteração do metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos. Níveis elevados de ácido lático no líquor são encontrados na meningite bacteriana, ao contrário da meningite viral, onde níveis normais são usualmente encontrados.

Método

Enzimático

Condição

0,8mL plasma fluoretado (sem hemólise) – líquor.

Instruções

Cliente deve estar em repouso. Caso tenha feito algum exercício físico, repouso de 30 minutos. Evitar movimentos de abrir e fechar a mão na hora da coleta do sangue. Garroteamento rápido. Dessorar rapidamente.

Ácido homovanílico

Comentários

O ácido homovalínico (HVA) é o principal metabólito urinário da dopamina. Cerca de 75% dos pacientes com neuroblastoma excretam níveis elevados de HVA e ácido vanilmandélico (VMA). Níveis elevados também são encontrados no feocromocitoma, ganglioneuroblastomas e Síndrome de Riley-Day. Excreção do HVA pode ser intermitente. Aproximadamente 20% dos pacientes com elevação do HVA não têm neuroblastoma. Concentrações sofrem interferências de alguns alimentos, tabaco, álcool etílico e drogas. O paciente deverá permanecer 7 dias sem ingerir os seguintes medicamentos conforme orientação do seu médico assistente: descongestionantes nasais, broncodilatadores, metildopa, tetraciclina, cloropromazina, quinidina, aspirina, dissulfiran, reserpina, piridoxina e levodopa. Em casos de investigação para neuroblastoma é sugerida também a dosagem do VMA.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance – HPLC

Condição

Urina 24h.

Usar HCL 50% 20mL/L de urina (adulto) e 10mL/L de urina (criança).

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