Consumidores vigilantes

Consumidores vigilantes

Usuários de serviços de saúde estão cada dia mais atentos à qualidade dos serviços das empresas do segmento.

Foi-se o tempo em que uma família contratava determinado serviço e aceitava o que fosse entregue sem entender nos mínimos detalhes o que estava adquirindo. Ao longo das últimas décadas, esse paradigma se transformou. O consumidor contemporâneo cobra seus direitos e pesquisa sobre preços e marcas antes de comprar qualquer produto. Ele sabe que está pagando e espera sempre um retorno diferenciado do investimento.

Esse cenário não muda quando o assunto é saúde. Os consumidores estão mais exigentes e querem, além de qualidade, tratamento personalizado. As redes sociais fazem parte desse processo de evolução. A velocidade e a quantidade de informações possibilitam ao contratante compreender termos específicos do setor. As empresas, por sua vez, para não ficarem defasadas, têm a missão de prover mais que a concorrência e de ficar atentas às críticas e colocar em prática as melhores ou mais simples sugestões dos clientes.

A velha máxima de que “o cliente sempre tem razão” está se tornando motivação para algumas empresas. Isso ocorre porque clientes insatisfeitos multiplicam experiências negativas. A sócia-diretora da empresa de consultoria You Care, Daniela Camarinha, comenta que o valor dessa postura íntegra não tem preço. “A partir do momento que a empresa envolve o cliente, não deixando que ele resolva seus problemas sozinhos e sendo transparente frente aos obstáculos, ela não apenas se protege como também amplia seus aliados”, ressalta.

O consumidor é leal e avalia positivamente as empresas abertas a sugestões. A relação agora é bilateral e todos os funcionários têm participação no desenvolvimento da reputação de uma empresa. Quem não se alinhar a essa perspectiva começa em desvantagem na busca por novos clientes, afinal, o cliente não é fiel à empresa, e sim à qualidade dos serviços.

Daniela Camarinha ainda pontua que essa participação ativa dos clientes diante das empresas de saúde é reflexo do que o empoderamento do consumidor pode causar nas relações entre os diferentes públicos. “Os relacionamentos estão fragmentados e desgastados. Todos, sem exceção, querem ter alguma vantagem. E, sob a ótica do consumidor, o valor não está no serviço básico e sim no que ele consegue enxergar e pegar com as mãos”, explica.

O primeiro passo é envolver clientes e familiares, fazendo-os compreender que o maior propósito dos serviços de saúde é a melhoria da qualidade de vida. Essa melhoria começa no atendimento e no respeito ao cliente. Ao contrário da tendência natural, a empresa precisa se abrir e entender que, a partir de um relacionamento idôneo entre as partes, surgem grandes oportunidades de ganhos para ambos.

Mutirão amplia cirurgias ortopédicas no Brasil

Mutirão amplia cirurgias ortopédicas no Brasil

Ação do governo federal prevê aumentar o acesso da população a procedimentos de média e alta complexidade

A cozinheira Maria de Lourdes Machado, 56 anos, aguarda com ansiedade por uma cirurgia para colocar prótese no quadril e a possibilidade de se locomover sem auxílio de muletas. Esta espera encerra nesta sexta-feira (21), quando participará do mutirão de cirurgias de ortopedia em Curitiba (PR). A ação se estenderá à população da Região Metropolitana e, em uma semana, a expectativa é realizar mais de 80 cirurgias ortopédicas em Curitiba. O mutirão também acontece simultaneamente nos municípios de Porto Velho (RO), Paraíba do Sul (RJ), São Paulo, e em Caruaru (PE), com acompanhamento de pós-operatório de cirurgia ortopédica pelo programa Melhor em Casa.

Nesta sexta-feira, dona Maria de Lourdes será beneficiada pela portaria nº 1.340, publicada em julho deste ano pelo Ministério da Saúde. A nova legislação passou a contemplar mais três procedimentos ortopédicos (artroplastia do quadril não-cimentada, artroplastia do joelho e revisão de artroplastia do joelho). Estes procedimentos consistem na realização de cirurgias para colocação e/ou substituição de próteses no quadril e no joelho. “Vou retomar minha autonomia, ganhar qualidade de vida e deixar as muletas de lado, que hoje limitam minha locomoção”, comemora a paciente. A nova portaria ampliou para 713 o número de cirurgias de média complexidade – 625 procedimentos a mais se comparado a 2010, quando eram 88.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse que “o que nos deixa mais feliz nesse esforço concentrado nesses dias, é por um lado mostrar a diversidade que nós temos no Brasil, os tipos de cirurgias que nos podemos oferecer no Sistema Único de Saúde, a variedade, a qualidade do trabalho dos nossos profissionais dos médicos e dos profissionais como um todo e das nossas instituições, sobretudo saber que tantas pessoas vão ter a melhoria de sua qualidade de vida a partir dessa semana”, acrescentando que “ com essa ação mostramos que é possível não só melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas, sobretudo, reduzir o tempo de espera no SUS que é a prioridade do Ministério da Saúde”.

Esta estratégia de atendimento, por meio de mutirões de cirurgias, faz parte da Política Nacional de acesso aos Procedimentos Cirúrgicos Eletivos do governo federal. O Ministério da Saúde tem avançado para zerar as filas de espera pelas cirurgias eletivas (procedimentos de média e alta complexidade), incluindo ortopedia, e reduzir as desigualdades regionais. As cirurgias ortopédicas estão entre as mais procuradas no Sistema Único de Saúde (SUS). O número mais que dobrou entre 2010 e 2011, passando de 139.464 para 298.279. Em 2012, o número já chega a 151.166 procedimentos realizados.

ÓRTESE E PRÓTESE

Para ampliar o atendimento da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e do Plano Viver sem Limite, o Ministério da Saúde publica na próxima segunda-feira (24), no Diário Oficial da União (DOU), a portaria que amplia os recursos que são repassados para estados e municípios que concedem Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM). A portaria vai autorizar o repasse de R$ 24,5 milhões anuais, em 12 parcelas para manutenção e adaptação de OPM ortopédicas, auditivas e oftalmológicas.

PROCEDIMENTOS

Na capital do Paraná, por exemplo, os mais de 80 pacientes que irão participar do mutirão se submeteram previamente a triagem, consultas com ortopedistas especialistas, e realização de exames pré-operatórios, com visita ao cardiologista e anestesista. Para este ano, estima-se que sejam realizadas 16.658 cirurgias, no estado do Paraná. Até junho já foram realizadas 8.329 intervenções através do SUS.

Outro estado integrante do mutirão de ortopedia, o Rio de Janeiro, contará com R$ 33,5 milhões para ampliar os procedimentos ortopédicos. Estima-se que sejam realizadas este ano, 31 mil cirurgias eletivas de ortopedia no estado.

Em Rondônia, a equipe do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) participa das cirurgias. A intenção é realizar 1,4 mil cirurgias no estado até o final deste ano. No Estado de São Paulo, as cirurgias serão realizadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ao todo devem ser feitas 50 cirurgias ortopédicas em pacientes de diferentes faixas etárias e diagnósticos. Já em Pernambuco, os pacientes vão receber durante este mutirão, um atendimento pós-operatório. No município de Caruaru são quatro equipes do programa Melhor em Casa que se destaca no atendimento domiciliar a pacientes pós-operados, sendo em muitos casos na área de ortopedia. O trabalho de uma dessas equipes será acompanhado nesta sexta-feira (21) por representantes do Ministério da Saúde. A ação faz parte do mutirão de cirurgias de ortopedia.

INVESTIMENTOS

O Ministério da Saúde liberou R$ 650 milhões aos estados e municípios para a realização das cirurgias eletivas. O investimento representa um crescimento de 86% se comparado com o valor destinado em 2011, que foi de R$ 350 milhões em todo o país. Do total de recursos, R$ 420 milhões são destinados para a realização de cirurgias de ortopedia entre outros procedimentos, e R$ 230 milhões para cirurgia de catarata.

Os recursos fazem parte de uma nova estratégia do Ministério da Saúde para garantir o acesso da população aos procedimentos disponibilizados no SUS. Os estados brasileiros e o Distrito Federal receberam os recursos, em parcela única, para o período de um ano, e serão aplicados nas especialidades de maior demanda e naquelas escolhidas pelos gestores locais, conforme a realidade de sua região.

Hepatites: o que são e como prevenir das formas virais

Hepatites: o que são e como prevenir das formas virais

As inflamações no fígado, independente das causas, são chamadas de hepatites. As mais conhecidas são as hepatites virais A, B, C e D, porém, além de outras formas viriais, algumas hepatites podem ser bacterianas, causadas por distúrbios de imunidade ou do metabolismo, ou ainda, por substâncias tóxicas e é muito comum que pessoas portadoras de hepatites não apresentem nenhum sintoma, por isso, a consulta a um médico especializado e a realização de exames são essenciais para o diagnóstico precoce, capaz de evitar complicações.

Prevenção

Outro fator importante, relacionado às hepatites virais, é a prevenção. Como a hepatite A é transmitida por alimentos e pelo contato pessoal, a higiene é o principal meio de prevenção: lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de comer, lavar bem alimentos que serão consumidos crus e cozinhar bem os demais, principalmente frutos do mar e carne de porco. Já as demais hepatites virais são transmitidas pelo sangue, por isso, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como giletes, escovas de dentes, utensílios de manicure, além de utilizar preservativos durante as relações sexuais, e ter certeza de que materiais utilizados para fazer tatuagens e para a colocação de piercings são descartáveis.

Vacinas também fazem parte das ações para prevenção das hepatite A e B. Nas crianças, primeira dose da vacina de hepatite B é dada ao nascer, sendo repetida aos 2 e aos 6 meses. Já a vacina para hepatite A é aplicada quando a criança completa 1 ano, e o reforço ocorre com 18 meses. No caso de adultos, é preciso tomar as 3 doses de hepatite B e as duas de hepatite A para que a vacinação possa ser considerada completa. É possível, ainda, tomar a vacina combinada de hepatite A e B.

Manter os níveis de colesterol controlado é meta de campanha nacional

Manter os níveis de colesterol controlado é meta de campanha nacional

O importante é que a sociedade perceba quais são os riscos que a dieta moderna tem, muito rica em gorduras, glicídios, em carboidratos.

A médica Ana Cristina Belsito, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia explica que, apesar de os cardiologistas serem os principais profissionais responsáveis por acompanhar pacientes com colesterol alto, a endocrinologia também faz o acompanhamento da dislipidemia, por se tratar de uma doença metabólica.

“O importante é que a sociedade perceba quais são os riscos que a dieta moderna tem, muito rica em gorduras, glicídios, em carboidratos. São dietas com valor calórico muito alto. E o indivíduo, até por pressa, por ter uma vida corrida, falta de opção, acaba optando por esse tipo de alimento, muito rico em gordura. E com isso há o aumento dessas gorduras no sangue. São as gorduras saturadas, que com o tempo vão lesando os vasos, as artérias, então aumenta o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares”.

Ana Cristina lembra que os principais fatores de risco para a dislipidemia são a hipertensão e o diabetes, além do componente genético. “O distúrbio metabólico geralmente aparece depois dos 50 anos de idade, mas em pacientes com história familiar, muitas vezes o começo da dislipidemia se observa na infância”.

Manter o nível de colesterol total abaixo de 200 miligramas por decilitro (mg/dl) de sangue. Essa é a meta a ser atingida por todos os brasileiros e incentivada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia na campanha do último dia 8, Dia Nacional de Controle do Colesterol.

A dislipidemia (excesso de colesterol) é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, são responsáveis por 31,3% das mortes de adultos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Enfarto ou AVC

O colesterol elevado leva à aterosclerose (obstrução das artérias por acúmulo de gordura), que pode provocar um enfarto ou acidente vascular cerebral.

Foi o que ocorreu com o poeta Luis Turiba, que teve o primeiro diagnóstico de problema nas artérias coronárias em 1998, quando foi necessário a colocação de um stent (espécie de tubo para prevenir entupimento). Nessa época, o nível de colesterol de Turiba estava perto de 400 mg/dl. Em 2004, o problema agravou-se, levando a uma isquemia (quando o coração não consegue receber o aporte de oxigênio necessário para desempenhar sua função).

“É uma dor angustiante que dá, fica com o corpo suando e se não cuidar disso vai para o enfarto”, disse Turiba.

A solução foi uma cirurgia de sete horas para a colocação de duas pontes de safena no coração para substituir as artérias obstruídas. Depois do susto, a solução foi mudar o estilo de vida.

“Hoje meu colesterol está controlado, em torno de 170 mg/dl. Eu faço exercícios físicos e a alimentação é completamente controlada. Antes não tinha nada disso, era feijoada todo fim de semana, picanha, frango com pele, esses alimentos que trazem colesterol. Hoje eu aprendi a conviver com isso. Tomo remédio toda noite e faço uma bateria de exames para medir os níveis de colesterol todo ano”, disse o poeta.

Fique atento

Valores em mg/dl

Colesterol total

LDL (colesterol ruim)

HDL (colesterol bom)

 Ideal

 Menor que 200

 Menor que 100

 Maior que 50

 Superior

 Entre 200 e 240

 Entre 100 e 160

 Entre 35 e 49

 Indesejável

 Maior que 240

 Maior que 160

Menor que 35

Alimentos saudáveis

  • Azeite – 2 colheres de sopa por dia: possui vitamina E e também gordura monoinsaturada, benéfica para diminuir o colesterol e o LDL;
  • Iogurte – 1 copo ou pote por dia (180ml): melhora o funcionamento instestinal e diminui o colesterol;
  • Linhaça – 2 colheres de sopa por dia: auxilia na diminuição do colesterol e da pressão arterial, pela presença de fibras  e Ômega 3, ajudando a evitar infarto e derrame;
  • Tomate – 1 unidade ou 2 colheres de sopa de molho concentrado: possui licopeno (responsável pela cor vermelha), que é um antioxidante que auxilia na prevenção de infartos e derrames;
  • Salmão, Sardinha ou Atum – 1 posta ou filé por semana: diminuem os triglicérides, a pressão arterial, e melhoram a circulação pela presença de Ômega 3;
  • Aveia – 3 colheres de sopa por dia: diminui o colesterol LDL;
  • Suco de uva – 1 copo por dia (180ml): pode ajudar na melhora do LDL e previnir doenças cardiovasculares (infarto e derrame);
  • Soja – 6 colheres de sopa de grãos por dia ou 4 copos de leite de soja por dia: a sua proteína ajuda a diminuir o colesterol LDL e aumentar o HDL, além de ter antioxidantes que melhoram a circulação.

Ponha mais laranja na sua vida

Ponha mais laranja na sua vida

Conheça todos os benefícios da fruta que está presente o ano todo na mesa dos brasileiros

Fonte de vitamina C, ácido fólico, cálcio, potássio, magnésio, fósforo e ferro. Não, não estamos falando de um complexo ou suplemento vitamínico, mas de uma fruta presente na dieta da maioria dos brasileiros: a laranja.

Seja natural ou na forma de suco, a laranja é uma das frutas mais comuns e de maior benefício para a saúde encontrada nas cestas de compras de feiras e supermercados de norte a sul do país. Além do sabor e da praticidade, seu consumo é um grande aliado de quem quer cuidar bem do organismo naturalmente – e o melhor: gastando pouco.

Além de todos os elementos citados, a laranja contém fibras, pectina e flavonoides, que aumentam o valor nutritivo da fruta. Mas o principal benefício mesmo são as propriedades antioxidantes: são mais de 170 diferentes tipos de fotoquímicos, incluindo mais de 60 flavonoides que apresentam propriedades anti-inflamatórias e inibidoras da formação de tumores e de coágulos no sangue.

Ainda está achando pouco? Pois, a laranja ainda atua no controle da pressão arterial, combate o mau colesterol, auxilia nos problemas digestivos, estimula as funções intestinais, previne gripes e infecções, reforça as defesas do organismo, corrige a acidez excessiva do organismo e estimula o sistema circulatório, combatendo inflamações das veias e artérias.

Se não restam mais dúvidas sobre o papel fundamental da laranja em uma dieta equilibrada e rica em benefícios para o organismo, fica a dúvida: qual a melhor maneira de consumir a fruta e obter dela as maiores vantagens para a saúde?

É no bagaço da laranja que encontramos a maior parte das fibras, que estimulam o funcionamento do intestino, e, na parte branca, a pectina, que ajuda a evitar a cárie dentária, produz sensação de saciedade e age na prevenção do câncer do intestino grosso.

Já no suco, a quantidade de potássio é mais concentrada, o que ajuda a controlar a pressão arterial. Além disso, a bebida contém betacaroteno, um renovador celular, e vitamina C, que facilita a absorção do ferro de alimentos como o feijão e a carne.

“Para definir qual a melhor forma de consumo, é preciso pensar na necessidade de cada pessoa em relação a calorias e nutrientes, pois o valor calórico do suco de laranja puro é maior, já que são necessárias pelo menos cinco frutas para encher um copo de 200 ml, e a quantidade de fibras é praticamente inexistente, pois no Brasil tem-se o costume de coar o suco”, explica a nutricionista Lenita Borba.

A especialista ressalta que, com relação aos nutrientes, é preciso levar em consideração necessidades especiais, como as de crianças, idosos ou esportistas, por exemplo. De forma geral, a principal recomendação é o consumo da fruta com todos os seus componentes. Já o suco deve ser consumido com menos frequência do que a fruta. Para evitar excessos calóricos, é melhor diluí-lo em água. Quanto à preferência pelo suco natural ou industrializado, a questão passa muito pelo gosto, diz a nutricionista.

“A indústria repõe nutrientes perdidos no processo de produção com a adição de nutrientes. O que a indústria ainda não conseguiu personalizar é a manutenção do sabor original integralmente, o que é uma desvantagem da industrialização”, afirma Lenita.

Suco, néctar ou refresco?

O Ministério da Agricultura brasileiro obriga os fabricantes a estamparem no rótulo se a bebida é suco, néctar ou refresco. Mas você sabe o que significa cada denominação? Veja o que diz a lei e preste atenção no rótulo:

Suco

Mais concentrado, integral, com 100% de fruta. Se contiver açúcar, a quantidade máxima permitida é de 10% da composição e, no rótulo, deve constar a frase “suco de fruta adoçado”. Corantes e conservantes não podem ser adicionados ao suco – existem algumas exceções, como os sucos de frutas tropicais, nos quais a polpa de fruta pode ser diluída em água potável numa proporção mínima de 35% de polpa, dependendo do sabor.

Néctar

Contém uma concentração menor de polpa de fruta em relação ao suco. Esta concentração, nos néctares, varia de 20% a 30%, conforme a fruta. Ao contrário dos sucos, o néctar pode receber aditivos, como corantes e conservantes.

Refresco

Bebida não gaseificada e não fermentada, obtida pela diluição, em água potável, do suco de fruta, polpa ou extrato vegetal de sua origem, com a adição de açúcares. O teor de fruta varia de 2% a 10%. Não há a obrigatoriedade de haver fruta in natura na composição – contudo, neste caso, devem estar claras no rótulo as expressões “artificial” e “sabor de”.

Marianne Scholze , especial para o iG São Paulo – saúde.ig – 12/07/2012

Prevenção à osteoporose deve começar na infância

Prevenção à osteoporose deve começar na infância

A osteoporose deve ser prevenida desde a infância. O alerta do Ministério da Saúde para hoje (20), dia mundial de combate à doença, será tema da campanha que começa no dia 22 de outubro. A mobilização nacional tem o objetivo de reduzir a incidência da doença, que atualmente atinge 10 milhões de brasileiros. O tema é “Prevenção da osteoporose: da criança à pessoa idosa” e chama a atenção para o fato de que a adoção de hábitos saudáveis pelas crianças pode prevenir, ou minimizar o aparecimento da doença na vida adulta.

A osteoporose faz parte do processo natural de envelhecimento e caracteriza-se pela diminuição substancial da massa óssea que provoca ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos à fraturas. “É uma doença silenciosa e que causa muito sofrimento, já que, geralmente, é descoberta em idosos, após fratura provocada por uma queda e até escorregão”, explica a coordenadora da Saúde do Idoso, do Ministério da Saúde, Luiza Machado.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens, acima de 50 anos, sofrem com a osteoporose. No Brasil, o número de pessoas que possuem a doença chega a 10 milhões e os gastos com o tratamento e a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS), são altos. “Só em 2010, o SUS gastou aproximadamente R$ 81 milhões para a atenção ao paciente portador de osteoporose e vítima de quedas e fraturas”, informa Luiza Machado.

A meta do governo federal é reduzir em 2%, ao ano, a taxa de internação hospitalar por fratura de fêmur em pessoas idosas. Apenas, em 2010, foram internados 74 mil brasileiros na rede pública por fratura de fêmur. Para isso, o governo federal firmou acordo com estados e municípios (com população acima de 100 mil habitantes), para a redução progressiva de internações por fratura de fêmur, desde 2008 com o Pacto Pela Vida.

O que é Osteoporose?

Osteoporose é uma doença que pode atingir todos os ossos do corpo, fazendo que fiquem fracos a ponto de quebrarem ao mínimo esforço.

Principais Tipos

– Osteoporose pós-menopausa: atinge mulheres após a menopausa. Pode ocorrer fratura da coluna.

– Osteoporose senil: atinge pessoas com mais de 70 anos. Pode ocorrer tanto a fratura de coluna quanto a de quadril.

– Osteoporose secundária: atinge pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que usam alguns medicamentos, por exemplo, corticoides.

Fatores de risco para Osteoporose

– Menopausa: com a interrupção da menstruação, ocorre a diminuição dos níveis de estrógeno (hormônio feminino), que é fundamental para manter a massa óssea.

– Envelhecimento: a perda de massa óssea aumenta com a idade.

– Hereditariedade: a osteoporose é mais frequente em pessoas com antecedentes familiares da doença.

Hábitos Saudáveis

Para lutar contra a estimativa de 1 milhão de brasileiros com fraturas osteoporóticas a cada ano, o Ministério da Saúde aposta nas ações de prevenção ainda na infância, já que é nesta fase que o indivíduo ganha estatura, fortifica seu esqueleto e adquire o máximo de massa óssea possível. “É preciso aumentar na dieta das crianças o consumo de leite e derivados, que possuem alto índice de cálcio e diminuir o de refrigerantes. Outras fontes potenciais de cálcio são os vegetais de cor verde escuro, os peixes e os alimentos oleaginosos, como castanhas e nozes”, orienta a coordenadora.

Outra recomendação do Ministério da Saúde é a prática de atividade física regular, pois, assim como os músculos, os ossos se tornam mais fortes com os exercícios. A exposição ao sol, de 15 a 20 minutos, em horário correto, também é um hábito importante para a prevenção da osteoporose, já que a luz do sol é fonte de vitamina D, que ajuda na fixação do cálcio nos ossos e diminui o risco de osteoporose na fase adulta. “Temos que motivar à criança a sair de frente do computador e da televisão e brincar ao ar livre”, alerta Luiza Machado.

Tratamento

A recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres e homens, ao entrarem na menopausa e andropausa, ou os acima de 60 anos, procurem uma unidade de saúde para avaliação médica. Nos casos indicados, poderão ser realizados o exame de desintometria óssea, capaz de detectar o desgaste dos ossos, a osteopenia -fase inicial da osteoporose- e até a própria osteoporose.

O tratamento da doença inclui alimentação rica em cálcio e medicamentos que potencializam a absorção de cálcio pelo osso, além de atividade física regular, exposição solar e prevenção de quedas, que se ocorrerem, podem agravar a situação do indivíduo. “O SUS garante o tratamento, que pode ser feito nas unidades de saúde. Os medicamentos para o tratamento de osteoporose estão disponíveis tanto na rede, quanto no programa Farmácia Popular do Brasil”, enfatiza a coordenadora Luiza Machado.

A importância da dieta

A recomendação de cálcio é de 1.200 mg/dia para adultos e de 1.500 mg/dia para mulheres no período pós-menopausa. Segue abaixo uma tabela com os principais alimentos ricos em cálcio, bem como a quantidade desse mineral na porção recomendada:

Alimentos

Quantidade

Cálcio(mg)

Leite integral não suplementado

1 copo – 200 ml

228

Leite desnatado não suplementado

1 copo – 200 ml

246

Leite de soja

1 copo – 200 ml

80

Leite de cabra

1 copo – 200 ml

380

Queijo minas fresco

1 fatia – 30 g

205

Queijo prato

1 fatia fina – 15 g

126

Queijo parmesão

1 colher de sob. – 10 mg

114

Requeijão

1 porção – 20 g

113

Iogurte

1 pote – 200 ml

240

Espinafre

2 colheres de sopa – 60 g

47

Couve-manteiga

3 colheres de sopa – 36 g

73

Escarola

3 colheres de sopa – 36 g

29

Agrião

1 prato de sob. – 20 g

24

Brócolis

3 colheres de sopa – 36 g

37

Sardinha

1 porção – 30 g

86

Ostras

1 porção – 240 g

235

Como o choque térmico faz mal à saúde

Como o choque térmico faz mal à saúde

A mudança brusca de temperatura, uma das características do aquecimento global, preocupa especialistas da medicina por trazer uma série de complicações à saúde.

Segundo os médicos de diversas especialidades, as infecções respiratórias são facilitadas nessas condições e todo o sistema cardiovascular é comprometido, ampliando o risco de infartos e acidente vascular cerebral (AVC).

No corpo

Quando os termômetros apresentam variação tão repentina na temperatura, uma das primeiras sequelas no organismo se dá no nariz, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Roberto Sturbulov.

“Os cílios nasais – pequenos fios responsáveis por fazer o filtro das substâncias tóxicas que entram nos corpo – ficam com dificuldade de movimentação”, explica o médico.

A imobilidade na parte corpórea que realiza a “faxina” de vírus e bactérias antes da passagem dos mesmos por garganta, faringe, laringe e pulmões, acarreta o acúmulo de germes nessas regiões, transformando-se em uma esponja de doenças respiratórias de todo tipo, como gripes, pneumonias, sinusites, asma e alergia.

Em grupos da população mais vulneráveis a estas contaminações – idosos e crianças menores de 5 anos têm o sistema imunológico mais deficiente – esta maior probabilidade de adoecimento respiratório traz também mais problemas cardíacos.

Para tentar vencer a contaminação, o corpo reage produzindo substâncias de defesa, que são inflamatórias e prejudicam o movimento do coração. O resultado é uma chance maior de infarto, paradas cardíacas e AVC, principalmente para quem já convive com os conhecidos vilões da saúde: diabetes, hipertensão, obesidade e colesterol alto.

Na ponta do lápis

Os técnicos do Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP) estudaram os efeitos da amplitude térmica e constataram que ela é o gatilho para o registro de sete mortes a mais de idosos por dia.

Em análise feita no Sistema de Informação sobre a Mortalidade do município paulistano, os pesquisadores constataram que nos dias em que a temperatura cai bruscamente e fica abaixo dos 10 graus, 92 pessoas com mais de 65 anos morrem, sendo que a média geral é de 75 óbitos.

Uma das explicações dos autores do estudo, apresentado em 2009, na época da publicação, é que o corpo humano não está adaptado para a amplitude térmica, e funciona melhor em temperaturas que não fogem da zona de conforto (entre 21ºC e 25ºC).

Além disso, a ação das bactérias e vírus afeta toda a circulação sanguínea, deixando o sangue mais espesso o que acelera complicações cardiovasculares.

Também com fórmulas matemáticas, a meteorologista especializada em saúde pública, Micheline Coelho, encontrou outro impacto direto da virada do tempo: em dias em que a amplitude térmica é de 15 graus em 24 horas, as internações hospitalares por asma aumentam 95%. Leia mais informações.

Mais danos

Apesar de serem as áreas do corpo mais afetadas, o sistema respiratório e cardíaco não são os únicos comprometidos pelas mudanças na temperatura. As pesquisas já identificaram que o acúmulo de poluição – o principal responsável pelo aquecimento global – também acarreta mais apendicite, compromete a fertilidade e afeta o sistema psíquico, aumentando os casos de depressão.

Fernanda Aranda , iG São Paulo | 06/06/2012 07:00:00

Meu filho tem alergia ou está resfriado?

Meu filho tem alergia ou está resfriado?

Médica alergista especializada ensina como distinguir uma crise alérgica de um resfriado tradicional.

Nesta época de frio, pode ser difícil determinar se seu filho tem um resfriado ou uma alergia sazonal, mas uma especialista descreve como detectar a diferença.

“Nariz congestionado, entupido ou com coceira; espirros, tosse, fadiga e dores de cabeça podem ser sintomas tanto de alergia como de resfriado, mas ao prestar atenção aos  detalhes, os pais saberão dizer a diferença”, disse Michelle Lierl, alergista pediátrica do Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, em um informativo do hospital.

“Crianças que sofrem de alergias no outono ou na primavera têm muito mais coceira no nariz, muitas vezes têm crises de espirro e, geralmente, esfregam os narizes de baixo para cima”, explicou ela. “Eles também se queixam de coceira e garganta arranhando ou coceira nos olhos. Quando estão resfriadas, elas não fazem nada disso.”

Nas alergias, o corrimento nasal é geralmente claro e com uma consistência aquosa, enquanto no resfriado o muco costuma ser amarelado, explicou a médica.

Se seu filho tem alergias de estação, a pediatra sugere algumas medidas para controlar os sintomas:

Troque os filtros de ar condicionado a cada mês.

Troque a roupa das crianças quando elas chegam em casa. Lave-a para livrá-los de todos os agentes alérgenos do ar livre.

Depois de brincar ao ar livre, as crianças devem lavar o rosto e as mãos. Os pais podem usar uma solução salina para lavar os olhos e nariz das crianças.

Certifique-se de que as crianças estão tomando os remédios antialérgicos prescritos pelo médico.

NYT | delas.ig.com.br

Sede frequente pode ser sinal de doença

Sede frequente pode ser sinal de doença

Com o calor é normal ter sede com mais frequência.
Veja quando o excesso de sede pode indicar problemas de saúde.

Beber bastante água é importante, mas sentir sede o tempo todo pode ser sinal de um problema de saúde. A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos menciona estas possíveis causas de sede excessiva:

  • Diabetes
  • Consumo excessivo de alimentos muito salgados ou condimentados
  • Hemorragia (que causa perda significante de sangue)
  • Alguns medicamentos de uso contínuo
  • Perda de líquidos e sais minerais, resultante de vômitos, diarreia ou de não beber água suficiente
  • Infecção ou queimadura grave
  • Problemas de rins, fígado ou coração

Consulte seu médico, pois ele é a pessoa mais indicada para responder a todas as suas dúvidas.

Dengue é mais perigosa para obesos

Dengue é mais perigosa para obesos

A temporada de dengue é aberta após os períodos de chuva (em abril e maio) e os especialistas alertam que os obesos correm mais risco caso sejam picados pelo mosquito transmissor Aedes Aegypt.

Conforme explica o cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Rio de Janeiro, Wolney Martins, a obesidade quase sempre agrega outras três condições de saúde que potencializam os danos de qualquer infecção: a pressão alta, o colesterol desequilibrado e as alterações no funcionamento do coração.

Este quadro clínico agrava os sintomas da dengue, que são a desidratação e a dificuldade na circulação do sangue.

“O risco de entrar em choque é maior nestas condições. Por isso, os médicos que recebem os cardíacos e os obesos mórbidos com suspeita de dengue precisam ficar alertas”, afirma Martins.

“Além da dengue, outras doenças também são mais graves para as pessoas com excesso de peso, como por exemplo a gripe”, complementa o médico.

A obesidade também pode agravar os casos de pneumonia e, como a maior parte dos obesos também é diabético, outra infecção mais perigosa bacteriana é a tuberculose. Um estudo feito pela Fundação Mundial do Diabetes alertou que, nestes casos, o risco de tuberculose é três vezes maior.

O excesso de peso também favorece o acúmulo de gordura no fígado, o que agrava a infecção da hepatite. Isso sem contar que,  estar com o Índice de Massa Corporal (IMV) na faixa de sobrepeso e obesidade é o gatilho para uma série de doenças crônicas, em especial o câncer e os problemas cardiovasculares, os líderes de causa de morte da população brasileira.

Fonte: IG Saúde

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